Promotores apuram uso particular de carro do IML

Uma denúncia feita contra um dos funcionários do Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba está sendo investigada pelo Ministério Público e causando rumores na administração do órgão. O diretor da Divisão do Interior do IML, médico legista Alexandre Gebran Neto, é acusado de ter usado uma viatura oficial do órgão para passear com a família em Balneário Camboriú, Santa Catarina. O médico nega a acusação e alega que só foi até o Estado vizinho uma vez, em fevereiro, usando a viatura, para socorrer o pai que apresentava sérios problemas de saúde. De acordo com a promotora do Patrimônio Público, Isabel Cláudia Guerreiro, o funcionário está sendo acusado de ter viajado a passeio, com o veículo Scenic, placa AGN-1375, para o litoral catarinense no mês de janeiro. Ela afirmou que as investigações começarão a ser feitas a partir de documentos que estão sendo encaminhados pelo delegado de Balneário Camboriú. “No dia dois de janeiro Alexandre se envolveu em uma briga, na avenida principal da cidade, e foi feito um boletim de ocorrência na delegacia local. A partir daquela situação o delegado Carlos Jorge Schlosser recolheu mais informações sobre a estada dele no balneário e fez um relatório, o qual devo analisar nos próximos dias”, afirmou. A promotoria irá investigar se o funcionário possuía autorização para estar com o veículo oficial do IML em outro Estado.

O secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delázeri, disse que a denúncia já foi protocolada na Sesp e que aguarda o término das investigações para tomar as providências necessárias. “Caso seja comprovada a improbidade do uso do veículo, certamente o acusado não sairá impune. A lei irá determinar qual será a punição cabível a ele”, garantiu o secretário.

Controvérsia

Alexandre também é acusado de ter ido durante o feriado de Carnaval – com o veículo oficial – para a praia. Entretanto a promotora disse que não tem conhecimento da estada dele no litoral neste período. Contraditoriamente, Alexandre defendeu-se das acusações afirmando que a única vez que foi com o carro do IML para Balneário Camboriú foi justamente na terça-feira de Carnaval. “Eu cheguei na segunda-feira à noite porque meu pai havia feito uma cirurgia cardíaca e estava passando mal. Na terça-feira pessoas começaram a tirar fotos da minha família e por isso registrei queixa na delegacia. No dia seguinte já estava em Ibiporã, a trabalho”, alegou.

O funcionário nega ter estado no mês de janeiro na praia e se envolvido em qualquer confusão. Ele atribui as acusações a um funcionário do IML. “Isto é estratégia de um médico legista para desestruturar a direção do instituto”, diz ele.

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