Eduardo Dogado Balbino, 38 anos, foi preso por volta das 14h desta sexta-feira (26), por policiais da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas (DEDC), por corrupção. Ele era investigado, suspeito de aplicar golpes em motoristas, se dizendo mecânico. Na hora da prisão, ele ofereceu dinheiro para ser liberado. Como não foi preso em flagrante, foi indiciado por conta do golpe e ficou preso por corrupção.
Um idoso, vítima do falso mecânico, disse que estava na Avenida Presidente Kennedy, no bairro Guaíra, quando ouviu um barulho embaixo do automóvel. Logo em seguida, foi abordado por Eduardo que estava com o Gol placa MJY-8797, de Itapema. “Estava com minha esposa doente, e ele chamou a nossa atenção, dizendo que o carro estava pegando fogo. Paramos o veículo e ele foi muito solícito. Abriu o capô, mexeu em algumas coisas e logo achou o problema”, contou o homem.
Comparsa
A vítima relatou que um comparsa de Eduardo estava em outro veículo. Segundo a vítima, eles conversaram, o outro homem saiu e, em poucos minutos, voltou com uma peça, dizendo que precisava trocá-la. “Depois de supostamente fazer a troca, ele me cobrou R$ 700,00 mais a mão de obra. Disse que não tinha o dinheiro, e ele me acompanhou até o banco, onde fiz um empréstimo para pagá-lo”, contou o idoso. No dia seguinte, o motorista levou o carro na concessionária e os mecânicos disseram que o veículo estava em perfeito estado e que nada havia sido trocado.
Um dos investigadores disse que mais de 50 vítimas estão sendo ouvidas desde o ano passado. “Descobrimos que, para fazer barulho embaixo do carro, ele jogava bolinhas de gude, que quicavam no chão e batiam na lataria, fazendo um barulho parecido com o de uma peça solta no motor”, explicou o policial, que preferiu não se identificar.
Racha
Na hora da abordagem, segundo os policiais, Eduardo os chamou em um canto e disse que poderia dividir o lucro dos golpes. “Toda a ação foi gravada. Ele não foi preso em flagrante aplicando o golpe, mas vai responder por corrupção”, completou o policial.
Eduardo mora em Tijucas do Sul, e de acordo com os policiais todos os dias aplicava os golpes em Curitiba. “Temos mais de 50 queixas, agora precisamos que todas venham fazer o reconhecimento para que ele responda pelo crime que cometeu”. O telefone da DEDC é 3261-6600.