Barraco

PM é barrado ao tentar entrar armado no banco

Um bombeiro militar do Mato Grosso causou grande confusão numa agência do Itaú, no Atuba, no início da tarde de ontem. O soldado Júnior Lemos alegou que, mesmo fardado e mostrando sua identidade funcional, foi impedido de entrar armado na agência e deu voz de prisão aos seguranças por desacato. Os seguranças, por sua vez, disseram que apenas iam cumprir os procedimentos do banco antes de liberar a entrada do militar. No final da tarde, a situação se inverteu e foi o soldado que ficou preso, já que estava em liberdade condicional por latrocínio e descumpriu determinações da Justiça.

O soldado contou que está em Curitiba há cerca de seis meses, em licença, hospedado na casa de familiares. Ele foi ao banco resolver assuntos pessoais. Na versão do bombeiro, o segurança disse que nem a identidade funcional militar e nem a farda davam a ele amparo legal para passar armado pela porta giratória.

Procedimento

Já os seguranças Marcelo Vitalino e Judite de Miranda afirmaram que não impediram a entrada do bombeiro, que sequer mostrou a identidade funcional. “Quando vimos que ele estava armado, apenas pedimos que ele esperasse na fila e fomos chamar a gerente. Esse é o procedimento que temos que cumprir. Mas quando pedimos que ele esperasse na fila ele entendeu que estávamos impedindo sua entrada”, disse um dos seguranças.

O bombeiro chamou a Polícia Militar, para garantir sua entrada na agência. Mas quando os policiais chegaram e viram os ânimos alterados e levaram todos ao 5º Distrito Policial (Bachaceri), onde o bombeiro prestou queixa de desacato contra os seguranças.

Reviravolta

Na delegacia, informou a assessoria de imprensa da Polícia Militar do Paraná, constatou-se que Lemos foi condenado a 18 anos de cadeia por um latrocínio (roubo com morte) em 2007, em Paranavaí. Cumpriu três anos de prisão e conseguiu a progressão para o regime aberto. Porém, como descumpriu determinações da Justiça, deverá voltar a Paranavaí, para pagar o restante da pena.

Ele também deverá responder por porte de arma, já que no Mato Grosso os bombeiros não tem permissão para andar armados. Ele não foi excluído da corporação e estava com processo de aposentadoria em andamento. Mas diante da confusão de ontem, há a possibilidade de que o processo seja suspenso. Esta seria a segunda vez que ele gera confusão na porta de banco, tentando entrar fardado e armado.