Paga a dívida do marido com a vida

Uma dívida de R$ 30,00 com o tráfico de drogas teria sido a causa da destruição de uma família, de forma trágica, no Campo Comprido, às 23h de domingo. Sebastiana Aparecida Makin de Almeida da Silva, 33 anos, foi assassinada com dois tiros no peito. O marido dela, Roberto Santana da Silva, 38 anos, levou quatro tiros na barriga e na perna. O casal foi socorrido pelo Siate, mas a mulher não resistiu. O filho do casal, de 15 anos, por pouco não foi morto pelo atirador. Ao ver a mãe e o pai feridos, o garoto correu e foi perseguido pelas balas, mas conseguiu sair ileso. Em estado grave, Roberto permanecia internado no Hospital Evangélico até a tarde de ontem.

Policiais da Delegacia de Homicídios apuraram que o casal estava com o filho, na Rua Domingos Farias Soares, quase esquina com a Rua São Luiz, por volta das 22h. De repente, um homem conhecido como Pablo se aproximou e começou a conversar com a vítima. Testemunhas informaram que Pablo disse para Roberto: “Você me deve R$ 30,00”. Roberto teria respondido: “Sei que devo. Tudo bem, não tenho dinheiro hoje, mas vou pagar”. Disposto a receber a dívida de alguma forma, Pablo sacou a arma e apontou para Sebastiana, puxando duas vezes o gatilho. Na seqüência mirou em Roberto e efetuou mais quatro tiros. Não satisfeito em atingir o casal, Pablo ainda disparou contra o garoto, que conseguiu se esquivar das balas e pedir socorro.

Parentes das vítimas disseram que não sabem o que motivou o crime. Uma mulher disse que apenas ouviu dizer que o motivo seria a dívida de R$ 30,00. “Sei lá. Talvez o Roberto teria emprestado”, afirmou. Temendo represálias, ela pediu para não ser identificada. “Eles são perigosos”, disse.

Drogas

As investigações apontaram que Roberto já esteve preso por tráfico de drogas, no 13.º Distrito (Tatuquara), o que fez com que os policiais ligassem rapidamente a dívida com o tráfico. Outra pista é que o casal seria usuário de entorpecentes. A DH está trabalhando para identificar Pablo e solicitar a sua prisão preventiva. Após o feriado, a polícia deverá ouvir as testemunhas do crime, para apurar outros detalhes.

Voltar ao topo