Moradores de vilarejo espantados com cadáver

Moradores do tranqüilo vilarejo de Campo do Diamante, a dois quilômetros da BR-116, em Mandirituba, espantaram-se com um achado macabro ontem de manhã. Numa estrada vicinal toparam com o cadáver de um rapaz desconhecido na região, que foi morto e depois teve o corpo incendiado. Ainda não há pistas sobre autoria e motivos do cruel assassinato.

Às 7h30, um motorista de ônibus viu o homem morto e chamou a polícia. Meia hora depois, Elza, 28 anos, passou pela estrada e também deparou com o cadáver. “Cruzamos este ponto segunda-feira, às 19h, e não vimos nada. Mataram o rapaz de noite ou de madrugada”, disse a mãe de Elza, Cloraci, que mora a 300 metros de onde o corpo foi encontrado. Ela disse não ter visto nem ouvido nada de anormal neste período.

O perito Victorio Librelon, do Instituto de Criminalística, acredita que a vítima já estava morta quando os assassinos atearam fogo nela. “As cinzas concentram-se nas costas. Se estivesse vivo, iria se debater e as chamas se alastrariam por todo o corpo”, deduziu. Restos das roupas servirão para identificar no laboratório de química do IC o combustível usado para incendiar o rapaz.

Luta

As queimaduras não permitiram a identificação imediata da arma usada no crime. Mas um corte recente na mão esquerda da vítima, bem como a exposição das vísceras na barriga, insinuavam que ele fora esfaqueado antes de ser incendiado. Alguns hematomas na face indicavam que também houve agressão física. “Ele deve ter lutado antes de ser morto”, disse o perito.

O investigador Renamir, da DP de Mandirituba, percebeu rastros de um veículo grande, possivelmente uma camioneta, a poucos metros do corpo. A estrada vicinal onde ele foi encontrado é acesso secundário ao município de Fazenda Rio Grande Å possível rota de fuga dos criminosos. “Aqui é um bom local para desova”, afirmou. Perto do corpo havia itens de fiação de som automotivo e cordão do tampão traseiro de um veículo.

A vítima, que tinha entre 25 e 30 anos, era morena, de cabelos pretos e lisos e vestia camiseta vermelha e bermuda azul. A DP local aguarda a identificação no Instituto Médico Legal para prosseguir as investigações.

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