Em menos de 24 horas outro paulista foi executado a tiros no Cajuru. O crime aumenta a suspeita de uma organização criminosa estar agindo no bairro. Carlos Eduardo Paschoal Teixeira, 21 anos, foi assassinado dentro de uma oficina mecânica de motocicletas, na Rua Natal, quando conversava com o proprietário. Carlos chegou na oficina às 16h e, minutos depois, um indivíduo invadiu o estabelecimento e perguntou onde estava o ?Cadu?.
Assim que o avistou, o criminoso descarregou a pistola calibre 9 milímetros. Quando o proprietário percebeu que eram tiros ficou acuado no canto da oficina. ?Se ele quisesse também teria me matado?, disse com lágrimas nos olhos. Carlos foi executado com pelo menos dois tiros no peito e seis na cabeça. Depois da execução, o assassino, que não fez questão alguma de esconder o rosto, correu para a esquina, onde um veículo Polo branco o aguardava.
O proprietário da oficina contou que Carlos tinha uma moto e que ele sempre a levava para arrumar. ?Foi por isso que nos conhecemos e nos tornamos amigos. Há pouco tempo ele vendeu a moto e se mudou para o Água Verde?, contou o proprietário, sem revelar mais detalhes sobre a vida da vítima. Carlos não tinha passagem pela polícia.
Outros
O paulista Edvaldo Brito Nunes, 45 anos, conhecido como ?Pica-Pau?, foi assassinado com vários tiros de pistola calibre 380, às 17h30 de segunda-feira, nas Moradias Cajuru. Edvaldo tinha no bolso alvará de soltura de outubro do ano passado. Segundo a família, nos próximos dias ele pretendia voltar para São paulo para procurar emprego. Em 22 de novembro, Clei Anderson Teodoro da Silva, 30 anos, o ?Tiozinho?, também foi executado, com mais de 15 tiros, também no Cajuru.
A polícia investiga a possibilidade dos três crimes estarem relacionados a organização criminosa, tanto pela origem das vítimas quanto pelo local e forma como foram executadas.