Mãe e filha são encontradas mortas dentro de casa

Duas mulheres mortas. A mãe, Apolônia SIuta Gembarowski, 89 anos no quarto, e a filha, Hélia Gembarowski, 55, enforcada na sala. Os corpos foram encontrados às 8h de ontem, na casa onde moravam sozinhas, na esquina da Rua Reynaldo Pazello com a Rua Pretextato Taborda Júnior, Santa Quitéria.

A Delegacia de Homicídios aguarda o resultado de exames do Instituto Médico-Legal para entender como tudo aconteceu, mas a principal hipótese é que a filha encontrou o corpo da mãe, vítima de morte natural e, desesperada, enforcou-se.

Segundo Jussara Joeckel, perita do Instituto de Criminalística, alguns detalhes ainda precisam ser verificados para que o laudo oficial seja emitido. “A mãe estava na cama, e a filha enforcada com uma corda, na haste de uma porta de ferro. A casa está interditada até que a necropsia determine a causa da morte da mãe. Conforme o resultado, vamos voltar e colher mais material para a investigação”, explicou a perita.

Cuidados

A polícia, os peritos criminais e os legistas deverão investigar bem as mortes, para não incorrer no mesmo erro ocorrido em 1998, quando Elizabeth das Graças Vilibruno, 41, e a mãe dela, Genoeva Précoma, 80, foram encontradas mortas nas mesmas condições, em uma casa simples em São José dos Pinhais.

A polícia atestou que Genoeva tinha morrido de causa natural e a filha, em desespero, enforcou-se no batente da porta da lavanderia. Ambas foram veladas por poucos amigos e sepultadas no cemitério local.

Alguns dias depois, a filha de Elizabeth, Ágata Précoma, então com 19 anos, e a namorada dela, Vanessa Naves Quinteiro Lopes, 18, confessaram ter matado as duas mulheres, porque elas eram contra o relacionamento das jovens.

Briga

Numa briga entre Ágata e a mãe, Vanessa estrangulou Elizabeth, para defender a namorada. Ágata então asfixiou a avó, na cama. Depois simularam o suicídio. Disseram que queriam se tornar “símbolo do orgulho gay”, por isso confessaram o crime.

Em 2003, Vanessa foi condenada a 13 anos de reclusão, e Ágata a 29 anos. Depois de julgada, Vanessa ainda chegou a contar que Ágata também tinha matado um filho de 2 anos, por asfixia com um travesseiro (da mesma forma que matou a avó), porque não sabia como seria sua vida com a criança. Este suposto crime nunca foi investigado.