Transferência

Juíza gaúcha libera volta de policiais do Tigre ao Paraná

A juíza do Rio Grande do Sul, Eda Salete Zanatta de Miranda, da 1ª Vara Criminal de Gravataí, acatou o pedido de transferência dos policiais do Tático Integrado de Grupos de Repressão Especiais (Tigre), do Paraná. Eles cumprem mandado de prisão temporária no Grupo de Operações Especiais (GOE), daquele Estado, desde terça-feira (27), quando prestaram depoimento à polícia local. Os três policiais civis chegaram em Curitiba a zero hora desta sexta-feira. O local onde eles estão presos não foi divulgado.

No final da tarde de quarta-feira (28), a mesma juíza havia indeferido um ofício emitido pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), que também pedia a remoção dos policiais para o Paraná. Na tarde desta quinta-feira (29), o secretário da Sesp, Reinaldo de Almeida César, encaminhou um novo ofício reiterando que o Estado assumia que os investigadores do Tigre continuariam afastados de suas funções. No documento, também é assumida a responsabilidade pelo transporte dos policiais e pela apresentação dos mesmos no Rio Grande do Sul quantas vezes forem solicitados pela Justiça gaúcha.

Na decisão da juíza consta que, como os policiais já foram ouvidos, a presença deles só seria necessária mais uma vez quando for feita a reconstituição do crime. “… a julgar pela versão apresentada quando ouvidos (legítima defesa)… eles próprios terão o máximo interesse em participar da realização da perícia…”, argumentou. A previsão é de que a reconstituição ocorra entre dez e 15 dias.

O caso

Os três investigadores do Tigre foram a Gravataí (RS), com o objetivo de libertar dois agricultores que haviam sido sequestrados e estavam encarcerados no município. Na madrugada do dia 21 deste mês, por volta da 1h30, segundo a versão do Tigre, um homem de moto começou a seguir o carro em que estavam e, na sequência, fez uma abordagem ao grupo já com uma arma na mão, sem se identificar. Diante da situação houve troca de tiros e o indivíduo morreu.

Após o ocorrido os investigadores souberam que o homem era o sargento da Brigada Militar gaúcha, Ariel da Silva, de 40 anos. No mesmo dia foi decretada a prisão temporária dos três policiais e agora as investigações seguem com a Justiça do Rio Grande do Sul.