Homem é assassinado e jogado dentro de carrinho de lixo

Fogos de artifício que torcedores do Coritiba soltaram em comemoração à vitória do time, no final da tarde de sábado, confundiram-se com tiros direcionados a Sandro Adriano da Cruz, 31 anos, e a um amigo dele, identificado nos registros do Siate como Eloir Barbosa, 33. Os dois estavam na frente do bar Mercearia da Zilda, na Rua Alberto Kramer, Capão Raso. Sandro foi atingido por um tiro no olho e morreu na hora. Eloir foi socorrido e levado ao Hospital Evangélico em estado grave. Algumas horas depois, Cleberson Martins Adélio, 28, foi encontrado morto com dois tiros, dentro de um carrinho de catar papel, na Rua Leon Nicolas, a algumas quadras de onde Sandro foi assassinado. Um conhecido de Cleberson disse que os crimes podem estar relacionados.

Por volta das 18h30, Sandro, Eloir e outros amigos bebiam sentados numa mesa externa do bar quando foram surpreendidos pelos tiros, que se confundiram com os foguetes dos torcedores do Coxa.

Uma testemunha, que estava dentro do estabelecimento, diz que nem ligou quando ouviu o barulho, pensando que fossem fogos de artifício.

Visita

Morador no Umbará, Sandro teria ido ao Capão Raso visitar familiares e amigos. De acordo com o que disse o tio dele aos investigadores Edson e Robert, da Delegacia de Homicídios (DH), o auxiliar de produção não tinha comentado sobre nenhuma inimizade no bairro, e por isso a família não tem idéia do motivo do crime.

Testemunhas revelaram à polícia que o autor dos disparos é moreno claro, magro, cerca de 1,65 metro de altura, aproximadamente 21 anos e estava com o cabelo pintado de amarelo. Uma pessoa ouviu as vítimas chamando o atirador pelo nome de Jean, que seria morador no bairro.

Vingança

No início da madrugada, na Rua Leon Nicolas, a poucas quadras de onde havia acontecido o primeiro crime, o carpinteiro Cleberson Martins Adélio, 28 anos, pai de quatro filhos e morador no Parque Industrial, foi encontrado morto, dentro de um carrinho de catar papel. Ele estava sem documentos de identificação, mas familiares fizeram o reconhecimento e liberaram o corpo no Instituto Médico-Legal.

Segundo um parente de Cleberson, que não quis se identificar, ele era um homem trabalhador, mas errou quando se envolveu com más companhias. ?Temos a informação que ele estava junto com o homem que cometeu um homicídio no final da tarde de sábado. Tenho certeza que ele não matou ninguém, mas morreu porque estava junto?, contou o parente.

Os moradores da região disseram não saber o que havia acontecido, se foi morto ali ou se foi assassinado em outro lugar e trazido dentro do carrinho até a Rua Leon Nicolas. Ninguém relatou ter ouvido tiros.

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