Logo depois de deixar um bar, no Jardim Graziele, em Almirante Tamandaré, o serralheiro Claudemir Reis de Siqueira, 40 anos, levou dois tiros às 20h30 de ontem, na Rua Paraguai. Gravemente ferido, ele chegou a pedir socorro para os vizinhos, mas não resistiu.
Testemunhas informaram à polícia que Claudemir saiu do bar e desceu caminhando a Rua Paraguai. Dois homens, que ocupavam uma motocicleta, o seguiram e quando chegaram perto, o garupa atirou. Em seguida, deixaram o local em alta velocidade.
Uma mulher, que preferiu não se identificar, contou que ouviu gritos de Claudemir. “Como meu marido tem carro, ele veio pedir para ser levado ao hospital”, contou. Mesmo tendo ouvido os disparos, a mulher demorou a acreditar que ele estivesse baleado. Desesperado, Claudemir tirou a camisa e mostrou a axila, onde tinha um tiro. O outro foi próximo ao ouvido.
Socorro
A mulher foi chamar seu marido, mas vizinhos acionaram o Siate e a Polícia Militar. “O Siate demorou 40 minutos. Ele ficou mais de 30 minutos vivo. Mas quando os socorristas chegaram ele já estava morto”, disse a mulher. A ambulância do Siate que prestou atendimento à vítima partiu de Curitiba, já que Almirante Tamandaré não possui o serviço.
Um homem que se identificou apenas como Geraldo também reclamou da demora do Siate e da falta de segurança. “Polícia aqui a gente só vê quando acontece isso. A segurança no bairro é péssima.”
Geraldo contou que Claudemir estava desempregado há dois meses e tinha três filhos. O soldado Veiga, do 17.º Batalhão, acrescentou que Claudemir não possui antecedentes criminais.