Gangue faz mais uma vítima na Cidade Industrial

Para alguns dos irmãos de Otoniel Fontoura, 24 anos, sua morte já era esperada. Sua irmã disse que três avisos tinham sido dados nos cultos evangélicos que freqüenta. Otoniel foi assassinado com cinco tiros quando andava pela Rua Cid Campelo, próximo à esquina da Rua Ulysses Guimarães, Barigüi I, CIC, às 22h40 de quarta-feira. As amizades dele teriam causado a tragédia. A irmã, muito religiosa, assegura que a justiça divina cairá sobre os assassinos.

Logo após o crime, várias pessoas cercaram o corpo e o grupo foi percebido pela equipe do sargento Mecenas, da Ronda Ostensiva de Natureza Especial – Rone – do 13.º Batalhão de Polícia Militar, que patrulhava a área. “Chamamos o Siate, mas a vítima já estava morta quando os socorristas chegaram”, contou o sargento, lamentando que nenhum dos curiosos forneceu informações que pudessem levar aos assassinos. “Acreditamos que tenha sido uma briga de gangues”, disse o policial.

Relações perigosas

Há cerca de um mês Otoniel foi baleado na perna e um amigo dele, conhecido por “Gordinho”, nas costas. O amigo morreu e Otoniel se recuperou do ferimento. Dois dias antes, outro integrante do grupo, Leandro, também foi assassinado. “Meu irmão gostava de sair, não adiantava dizer para ele ficar ?sossegado?”, lembrou Osiel, chocado com a morte de Otoniel.

Na noite de quarta-feira, os dois assistiam a um jogo de futebol pela televisão. No intervalo, Otoniel saiu. Estava acompanhado de uma garota quando três indivíduos, de bicicleta, passaram pelo casal e atiraram. Outra versão para o fato é de que o assassino seria apenas um homem em uma motocicleta CB-400.

As balas, provavelmente de um revólver, calibre 38, deixaram marcas na parede de uma loja, em frente da qual o corpo da vítima estava caído. Segundo levantamento do perito Alcebíades, da Polícia Científica, Otoniel foi atingido por quatro tiros nas costas e um que atravessou o braço e acertou-lhe o peito.

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