Seis anos sem solução

Família da menina Rachel Genofre ainda espera por justiça

A morte de Rachel Lobo de Oliveira Genofre, aos 9 anos, completou mais um triste aniversário. Em 5 de novembro de 2008, o corpo da menina foi encontrada dentro de uma mala na rodoferroviária. Os laudos do Instituto de Criminalística apontam que ela foi violentada sexualmente, espancada e morta por estrangulamento.

A família da menina ainda tem a esperança de encontrar o responsável por matar Rachel. “Sem dúvida nenhuma queremos que a justiça seja feita”, desabafou com poucas palavras a tia da garota, Maria Carolina Lobo Oliveira. As investigações completam seis anos e o maior desafio enfrentado pela polícia são as poucas informações sobre o caso, que já teve inúmeros suspeitos descartados por testes de DNA, confrontados com o esperma encontrado no corpo de Rachel, e vários delegados no comando dos trabalhos.

Investigações

Arquivo

O caso é conduzido pela Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa desde 2012. O delegado responsável deve se pronunciar sobre o andamento das investigações nos próximos dias. No ano passado, a delegacia apresentou novo retrato falado do suspeito do crime. Seria um homem de 40 anos, cabelos levemente grisalhos, olhos verdes e pele branca.

Em 2011, mais de 100 exames de DNA haviam sidos realizados na tentativa de encontrar o criminoso, porém nenhum dos exames foi compatível com o material genético coletado no corpo da menina. Três suspeitos foram descartados como autores do crime após a realização dos exames.
Banco

A criação do Banco de DNA do Instituto de Criminalística possivelmente possa auxiliar na captura do suspeito. Segundo o diretor do instituto, Hemerson Bertassoni, apesar do Paraná ser pioneiro no desenvolvimento do sistema, há ligação com todos os estados que auxilia o trabalho. “Nós coletamos o material e catalogamos a informação no banco de dados, se o homem que tiver realizado este crime foi preso em outro lugar, saberemos rapidamente”, explica.

O corpo de Rachel foi encontrado dois dias depois de seu desaparecimento. Familiares disseram que a garota deveria ter voltado para casa depois de deixar o colégio no centro da cidade. Ela estava enrolada em lençóis com sacolas plásticas na cabeça. A menina trajava apenas a camiseta da escola e uma meia.

Imagens de câmeras de segurança, não tão comuns na época, e inúmeras testemunhas já foram alvo de investigação por parte da Polícia Civil. Hotéis e estabelecimentos também foram verificados, mas sem êxito. Policiais chegaram a viajar por vários estados atrás de possíveis suspeitos, porém, após seis anos, o caso ainda está sem solução.