Apesar de todo o trabalho da Polícia Federal e Banco Central para coibir as ações dos bandidos, as falsificações estão ficando cada vez melhores. De acordo com delegado Igor Romário de Paula, delegado de Repressão a Crimes Fazendários da Polícia Federal de Curitiba, atualmente os bandidos utilizam programas de computadores modernos que conseguem reproduzir cada detalhe das cédulas do real. “Funciona como uma pequena fábrica, num esquema de linha de produção. Os computadores, através de programas normalmente baixados na internet, executam todos os detalhes da falsificação”, diz.
Ainda segundo o delegado, as cédulas que pertencem à família anterior ao real têm sido falsificadas de maneira quase que perfeita. “De vez em quando encontramos notas que beiram a perfeição e provavelmente estavam há muito tempo circulando no comércio. Até em bancos essas notas estavam passando com tranquilidade”, afirma.
Nova família
Se por um lado as notas da família anterior do real facilitavam a vida dos falsificadores, por outro, a nova família da moeda brasileira contém detalhes que complicam a ação dos bandidos. As novas cédulas trazem novidades como recursos de segurança contra falsificação e a diferença de tamanho entre as aquelas de valores diferentes. Os animais representados nas atuais cédulas continuarão nas notas novas, mas os desenhos serão diferentes. Entre os instrumentos de segurança contra falsificação, estão recursos gráficos sofisticados, como imagens ocultas a olho nu.
Apesar de todo o aparato de segurança, já houve casos de falsificação das novas notas. No ano passado, o Banco Central interceptou um total de 67.651 cédulas falsas da nova família do real. “É um número considerável, mas o que notamos é que estas falsificações são muito grosseiras. Portanto, fáceis de identificar”, conta o delegado.