Discutido o combate ao crime organizado

O tráfico de entorpecentes movimenta hoje cerca de US$ 1 trilhão em todo o mundo. Só em 1994, a Organização das Nações Unidas (ONU) identificou que o crime organizado era responsável por um movimento de US$ 850 bilhões. O Brasil também está inserido nessa realidade, porém estão surgindo algumas iniciativas que alteram esse panorama. Em 2000 o estado de Minas Gerais aumentou a arrecadação de ICMS em R$ 300 milhões com o combate ao combustível adulterado.

Essas informações foram dada ontem pela procuradora-geral de Justiça do Paraná, Maria Tereza Uille Gomes, durante a abertura da VII Reunião do Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC). O evento está acontecendo desde terça-feira em Curitiba, e reúne membros dos Ministérios Públicos Estadual, Federal e Militar de 26 estados. O objetivo doencontro é unificar informações e ações desses organismos para combater o crime organizado no País. Entre os temas que estão sendo discutidos estão o combate à adulteração de combustíveis e a carterização do setor, lavagem de dinheiro e crimes contra a ordem tributária relativos às organizações criminosas, e o combate à organizações criminosas no sistema prisional.

Sem fronteira

O sub-coordenador geral do GNCOC e procurador de Justiça do Rio Grande do Sul, Mauro Renner afirma que o “crime organizado não tem fronteira e está ganhando cada vez mais território”. Ele ressaltou que algumas medidas já estão sendo tomadas em conjunto e começam a surtir efeito, como o caso do fechamento das casas de bingo, feitas no Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais. “Existem indícios em vários estados de que esses estabelecimentos são usados para a lavagem de dinheiro”, falou Renner. Ele acrescentou as casas se proliferaram no País amparadas por uma legislação que já foi revogada, e hoje estão funcionando na ilegalidade.

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