Descartada participação de PMs em crime no Portão

A Delegacia de Homicídio, que investiga o assassinato de Gean Nórdio, 21, anos, praticamente descartou o envolvimento de policiais militares no crime. O rapaz foi atingido por mais de 15 tiros, na casa onde morava, na Rua Elevir Dionísio, no Portão. A suspeita era que Gean tinha sido morto em represália à denúncia de extorsão que ele havia feito contra PMs do 13.º Batalhão.

“Temos várias linhas de trabalho, o que de certa forma descarta a possibilidade de o crime ter sido praticado por algum policial militar. O Gean tinha muitos outros inimigos e várias desavenças. Até mesmo a esposa dele havia registrado boletim de ocorrência contra ele alguns dias antes”, explicou o delegado Hamilton da Paz.

Fuzilado

O rapaz levou os tiros quando dormia ao lado da esposa e do filho, que não foram feridos. Segundo testemunhas, 15 dias antes do crime policiais fizeram uma abordagem na lan house de Gean e encontraram usuários de droga na frente do estabelecimento. Eles haviam dito que compravam a droga do dono da loja.

Os policiais teriam retornado exigido R$ 1 mil da esposa de Gean, que estava no caixa, para não prendê-la como traficante. O dinheiro teria sido entregue, e os policiais, exigido mais R$ 1 mil.

Gean foi convencido por policiais do serviço reservado do 13.º BPM a formalizar a queixa, mas não teve tempo para isso. Esta denúncia é averiguada em inquérito policial-militar.