Delegado nada tem com a morte do estudante

Com relação à matéria publicada ontem sob o título “Policiais acusados de matar Zanella vão a juri popular”, o advogado Beno Brandão, defensor do delegado Francisco José Batista da Costa, fez os seguintes esclarecimentos: “Meu cliente não foi denunciado pela morte de Rafael Zanella, nem como executor nem como cúmplice; meu cliente não foi denunciado por fraude processual ou por denunciação caluniosa pela alegada montagem feita para encobrir o homicídio contra o jovem Rafael Zanella; meu cliente não foi denunciado pela alegada prática de tortura psicológica contra os amigos de Rafael Zanella; meu cliente não estava de plantão no dia da ocorrência, razão pela qual nem esteve na delegacia naquela fatídica noite; meu cliente está sendo acusado de dois (supostos) delitos que seriam usurpação de função pública e falsidade ideológica, que não tem, como é óbvio, qualquer relação com o homicídio”.

O delegado Francisco Costa, na época do crime (maio de 1997) era o delegado titular do 12.º Distrito Policial, responsável pela investigação sobre suposto tráfico de drogas que culminou na morte do estudante. Além dele serão levados à júri popular o também delegado Maurício Fowler Bitencourt e os investigadores Carlos Henrique Dias e Daniel Santiago Cortes.

Francisco Costa está sendo acusado de ter falsificado a escala de plantão da delegacia, na qual aparecia o nome do alcagüeta Almiro Schimidt (autor do disparo que matou Rafael) como integrante da equipe de investigadores que realizava aquela diligência. Numa nova escala, efetuada após o crime e assinada por Francisco, o nome de Almiro foi suprimido, já que ele não poderia estar exercendo a função de policial. Por isso o delegado foi denunciado por usurpação de função e adulteração de documento público.

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