Candidato a prefeito de Porecatu é preso

Quatro meses de investigação da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas resultaram na prisão de Walter Tenan, 51 anos, empresário e candidato a prefeito pelo PMDB, em Porecatu, região norte do Estado.

Ele é suspeito de chefiar uma quadrilha de roubos de cargas, receptação de veículos roubados e contrabando, na região de Maringá. João Jaime Marson, 47, conhecido como “João Bolinha”, comparsa de Tenan, teve seu mandado de prisão expedido, mas está foragido.

Segundo a polícia, Tenan comprava cargas roubadas de eletroeletrônicos e produtos contrabandeados e revendia em sua rede de lojas de móveis. Além disso, comprava carros roubados e usava nos trabalhos diários das empresas.

Segundo o delegado Marcus Vinicius Michelotto, a quadrilha estava sendo investigada há bastante tempo, mas como o principal suspeito era candidato a um cargo eletivo, foram necessárias mais provas, para que de forma alguma a prisão fosse considerada arbitrária e com fins políticos.

Na semana passada, foram presos João Marcos Mariani e Marcelo Eloir Wisniewski, proprietários da empresa Top Distribuidora Ltda., que revendia os produtos com preços 30% abaixo do valor de mercado para a rede de lojas Tenan.

“Parte dos produtos eletrônicos que eram vendidos nas lojas de Tenan eram contrabandeados ou vinham de cargas roubadas”, contou o delegado. Há aproximadamente 10 dias, assim que foram expedidos mandados de busca e apreensão a polícia conseguiu apreender várias mercadorias de cargas roubadas no Paraná e Santa Catarina. “São provas irrefutáveis que apontam os dois como responsáveis pelos crimes pelos quais são suspeitos”, completou.

Carros

O delegado disse que a função de Marson era levar carros roubados ou financiados em nome de terceiros para Tenan, com o objetivo de transportar as mercadorias e usá-los nos trabalhos diários da empresa. “Marson está foragido, no entanto vamos prosseguir as investigações para prendê-lo nos próximos dias”, afirmou Michelotto.

Os dois possuem passagens na polícia por receptação e estelionato e serão indiciados em inquérito policial, por receptação de mercadoria e veículos furtados, estelionato e formação de quadrilha.

As Receitas federal e estadual receberão comunicados sobre as ações de Tenan. “A maior parte das mercadorias não possuem notas fiscais, o que pode configurar também o crime de sonegação fiscal”, completou.