Briga entre pedreiros termina em morte no CIC

Terminou em morte a briga entre dois pedreiros que trabalham numa obra na Rua José Laurinho de Souza, Conjunto Vitória Régia, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC).

No início da manhã de segunda-feira, o pedreiro identificado apenas como “Baixinho”, que teria 25 anos, foi encontrado morto a golpes de pé-de-cabra e com parte do corpo queimado dentro de uma valeta.

Depois do crime, o assassino ainda chamou o mestre-de-obras Ilton Gaides e confessou o assassinato do colega. “Ele mesmo queria chamar a polícia”, contou Ilton que acionou a PM. Antes de fugir, o agressor jogou o corpo na valeta e saiu dando risada, mostrando aos seus colegas o que tinha feito sem nenhum remorso.

O mestre-de-obras contou que os dois trabalhavam na construção de sobrados há cerca de cinco meses. Há poucos dias, autor do crime – que cujo nome ele não soube precisar – estava morando na obra depois de ter separado da mulher.

Na noite de domingo, “Baixinho” – que era de Piraquara e dormia na construção para cuidar dos materiais – e o colega se excederam na bebida e começaram a discutir.

Colegas da vítima comentaram que “Baixinho” teria zombado do amigo, dizendo que ele apanhava de mulher. O outro pedreiro se ofendeu e, embriagado, começou a agredir “Baixinho” com o pé-de-cabra. Depois de matar, o assassino ainda tentou botar fogo no corpo e arrastou o cadáver até o canal.

O pedreiro Luiz Ricardo, que trabalhava com os dois, disse que dentro da casa em construção havia várias garrafas de cachaça. “Ele matou e ainda saiu dando risada. Os dois eram amigos. Ninguém imaginava que isso iria acontecer”, comentou o rapaz.

Depois do crime, o agressor ligou para Ilton. “Quando cheguei na obra, ele estava me esperando com a chave do sobrado na mão. Ele me mostrou onde estava o corpo. Contou que matou o ‘Baixinho’ porque ele ficou tirando sarro, dizendo que apanhava da mulher e que não queria me prejudicar. Na hora não caiu a ficha, mas eu devia ter segurado o rapaz”, relatou Ilton.

Para o encarregado da obra, o pedreiro disse que pegaria um ônibus e logo se apresentaria à polícia. Segundo a soldado Marilza, do 13.º Batalhão da Polícia Militar, a equipe ainda percorreu a região na tentativa de prender o autor do homicídio, porém, ele não foi localizado.