“Boneco” fuzilado no quintal do vizinho

Tiros interromperam o filme assistido por uma família, na Rua Alzira Lovato Bontorin, Jardim Monza, em Colombo, às 23h de segunda-feira. Quando o dono da casa foi ver o que tinha acontecido, encontrou o corpo de um homem no quintal, a poucos centímetros da porta de entrada. Próximo ao corpo foram encontradas cápsulas de pistola.

O rapaz foi identificado pela polícia como Marcos, conhecido pelo apelido de "Boneco". De acordo com o superintendente Valdir Bicudo, da delegacia do Alto Maracanã, a vítima morava na mesma rua, junto com uma mulher chamada Simone, conhecida pelo apelido de "Magali", que desapareceu após o crime. "Este ?Boneco? já tem passagem por tráfico de drogas, de acordo com nossas investigações. O que deve ter motivado o crime, que é comum nesta região", salientou o delegado.

O sargento Santos e soldado Ademir, do 17.º Batalhão da Polícia Militar, que atenderam a ocorrência, conseguiram apurar poucas informações no local. "Ele deve ter sido baleado na rua e corrido para esta residência em busca de socorro ou de esconderijo", supôs o sargento.

Claudemir Ferreira Pinto, 23 anos, dono da casa "escolhida" pela vítima, contou que o portão estava aberto. "Meu cunhado estava assistindo a um filme com a gente e deixamos o portão aberto", disse. No começo, eles pensaram em bombinhas, mas com a seqüência de cinco a seis estampidos, descobriram que eram tiros. "Não deixei meu filho pequeno ver o corpo. Para ele, disse que eram bombinhas", comentou. Um dos tiros que matou "Boneco" atingiu-o no rosto. O corpo foi levado ao IML, e estava sem identificação oficial até o final da tarde de ontem.

Identificado pela irmã

A irmã da vítima compareceu ontem à delegacia do Alto Maracanã, e identificou o morto como sendo Marcos Aurélio Pereira Scrok, 33 anos. Após 10 anos sumido da família, ele reapareceu recentemente, e sua irmã o viu pela última vez na noite de Natal. Segundo informações dela, que prefere não se identificar, ele estava separado e tinha uma filha de pouco mais de um ano.

De acordo com o superintendente Bicudo, o morto era usuário de drogas e tinha antecedentes criminais, com registros na Delegacia de Vigilância e Capturas, na 2.ª Vara de Execuções Penais, além de já ter sido foragido do sistema penitenciário. Quando morreu, estava em liberdade condicional.

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