“Bega” diz ser inocente de assassinato

Apontada como uma das chefes do tráfico de drogas na região das Moradias Cajuru (no bairro de mesmo nome), Elizabeth Ferreira da Silva, mais conhecida por “Bega”, 48 anos, procurou a Tribuna para dizer que é inocente e não tem nenhuma responsabilidade pelos três assassinatos que ocorreram naquela área recentemente (dos quais ela é acusada de ser a mandante). A mulher disse também que não paga advogado ou doa remédios para os moradores. “Eu não devo nada. Tudo isso é mentira. É alguém que não gosta de mim que está me acusando”, alegou.

Elizabeth disse que já tem passagens pela polícia por tráfico de drogas, mas garante que já pagou pelo que fez e após sair do xadrez do 9.º Distrito Policial (Santa Quitéria) largou a vida do crime. “Moro com meus filhos e minhas netas. Inclusive me converti e hoje freqüento uma igreja evangélica. Devido a minha idade não tenho condições de trabalhar. Alugo um quarto para um rapaz para ganhar algum dinheiro”, enfatizou.

Ela salientou ainda que nenhum de seus filhos está ligado ao mundo das drogas. “Sei como é essa vida e jamais deixaria um filho meu se envolver com isso”, relatou Elizabeth. Ela disse ainda que hoje não sabe o nome das pessoas que comercializam drogas na região. “Faz dois anos que não mexo com isso”, acrescentou. (VB)

DH investiga mortes

O delegado Stélio Machado, titular da Delegacia de Homicídios, disse que está investigando os assassinatos do ex-presidiário Osnoel Ermes, 29 anos, do garçom Ageu Espírito Santo, de 29, e Charles Honorato da Silva, 17 anos, e um atentado contra um jovem chamado Douglas, da mesma idade. Todos estes casos são atribuidos à “Bega”, acusada de comandar parte do tráfico de drogas no Cajuru. “Nossos policiais estão trabalhando nisso”, salientou o policial.

Ele disse que testemunhas foram ouvidas e denunciaram Elizabeth Ferreira dos Santos, a “Bega”, 48 anos, por envolvimento nos crimes. “Enviamos cópia dos depoimentos para a Promotoria de Investigação Criminal (PIC), já que as denúncias envolvem tráfico de drogas e envolvimento de policiais, além dos homicídios. Só trabalhamos como a elucidação dos assassinatos”, esclareceu Stélio.

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