Vinte anos sem Poty

Proximamente, o Paraná celebra 20 anos sem Poty Lazzarotto (29/3/1924 – 7/5/1988). Alimenta-se a certeza de que ele está junto de Deus.

Habita local de harmonia, paz, comunhão e participação. Continua entre nós, vivo, por meio de suas obras, disseminadas sobretudo pela Fundação Poty Lazzarotto, entidade presidida pelo seu irmão, João Lazzarotto.

Homem virtuoso, Poty impulsionou e modernizou artisticamente o Paraná. Suas obras são belas e geniais. Elas falam, inspiram, motivam e animam os seres humanos. Ultrapassam o tempo e o espaço. Não foi por acaso que realizou exposições nos quadrantes do Brasil, na Europa e na América do Norte.

Desenhista, gravurista e ceramista, Napoleão Potyguara Lazzarotto nasceu e morreu em Curitiba. É importante cada cidadão, cada família paranaense institucionalizar Poty, adquirindo uma de suas obras na Fundação Poty Lazzarotto. Elas são completas. Todas, encarnam três palavras: sabedoria, esforço e reprodução do belo.

Tive o privilégio de pesquisar com Poty a história e a evolução das comunicações. Ele sabia como ninguém valorizar, respeitar e representar sentimentos, limitações e dores. As suas imagens são participações cósmicas de fatos. Por meio da arte, ele renova e reencarna o belo sem cessar.

É possível amadurecer, libertar-se e descobrir novas verdades culturais e espirituais por meio das artes plásticas de Lazzarotto.

Elas induzem a um duplo enriquecimento: humano e espiritual, e fazem respirar realidades imaginárias. Elas podem, até, melhorar a capacidade intelectual e alicerçar valores éticos, estéticos e cristãos.

Poty é expressão de superação, genialidade e disponibilidade.

Acelerou o renascimento artístico e cultural do século XX. Conseguia integrar uma escala completa de valores em um único painel. Por isso, está sempre entre nós. A população paranaense e brasileira não pode esquecer um instante este gênio. Seus méritos são suas obras, ensinamentos de humildade, trabalho e virtudes. Quem não valoriza os seus gênios, comete erro imperdoável. Curitiba também é conhecida no exterior graças a Lazzarotto.

Ele tinha tanto a facilidade de registrar situações cotidianas quanto reproduzir o perdão e a chegada ao paraíso. Em suas obras, existem ordem estética e arquitetônica, disciplina técnica e senso de harmonia. É sua característica dar ênfase à qualidade humana, interpretando, recriando e fortalecendo o belo, o puro, a verdade.

Para os jovens, Poty ensina que idéias, ideais e criatividade estão presentes nas obras de arte, nos textos e em qualquer atividade. A riqueza não é o dinheiro e os bens materiais, mas a inteligência bem aplicada e fertilizada. A felicidade é fazer o trabalho com dedicação.

Qualquer coisa nova inventada e bem produzida aperfeiçoa a vivência e enriquece a humanidade. A arte torna o artista sempre vivo, dialogando e em movimento.

Pedro Antônio Bernardi é jornalista, economista e professor, consultor de comunicação social, autor do livro Palavra amiga. (pedro.professor@gmail.com)

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