TST pede empenho no confisco de terras onde há trabalho escravo

A fiscalização contra o trabalho escravo está mais severa no atual governo, mas a erradicação dessa prática só ocorrerá com o confisco de terras dos fazendeiros que submetem trabalhadores a condições degradantes. A afirmação foi feita pelo presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Francisco Fausto, ao comentar mais uma operação realizada em conjunto pelo Ministério do Trabalho e a Procuradoria do Trabalho.

A inspeção foi feita na fazenda Laranjeiras, no município de São Desidério, no oeste da Bahia. Dois galpões de madeira cobertos de palha serviam de alojamento para 51 trabalhadores que há três meses foram contratados para trabalhar na colheita de café. Nenhum deles tinha carteira assinada e muitos estavam com os salários atrasados. O dono da fazenda, Eustáquio da Silveira Vargas, acertou as contas com os trabalhadores, no total de R$ 50 mil, na presença dos fiscais do Ministério do Trabalho,

O presidente do TST considerou positiva a atuação dos fiscais do governo, mas pediu o empenho do governo na aprovação da proposta de emenda constitucional que prevê o confisco de terras de proprietários que adotam a prática do trabalho escravo. Da autoria do ex-senador Ademir Andrade, a proposta foi aprovada pelo Senado e está em tramitação da Câmara dos Deputados. ?Na verdade, essa é a arma mais poderosa contra o trabalho escravo?, disse Francisco Fausto.

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