“Sucesso do PAC depende de salário do servidor”, revela Bernardo

O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, afirmou, na reunião ministerial de hoje, que o limite de correção (inflação mais 1,5%) previsto no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para os salários do funcionalismo público é uma batalha fundamental para o sucesso do programa. A afirmação de Bernardo foi reproduzida para a imprensa pelo ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Franklin Martins.

Segundo Martins, Bernardo disse que essa política garante a recomposição efetiva dos salários, mas dentro do que é "razoável" e que o governo deve apresentar uma proposta salarial para quatro anos.

O ministro da Comunicação Social relatou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva alertou, na reunião, que não se deve repetir erros cometidos no primeiro mandato. Lula, segundo Martins, disse que os pedidos de reajuste dos salários do funcionalismo civil chegaram ao governo muito mais pelos ministros do que pelos sindicatos e que, agora, o governo tem um quadro claro, apresentado por Paulo Bernardo. Lula disse também que o governo precisa fazer todo o esforço possível para que a proposta de reajuste seja aprovada pelo Congresso Nacional nos termos em que o texto foi enviado pelo Executivo.

Risco Brasil

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje, também durante exposição na reunião ministerial, que o país caminha no curto prazo para um risco-País em torno de 100 e 110 pontos. No início da tarde, o risco Brasil estava em 167 pontos, depois de ter oscilado pela manha entre 165 e 169 pontos-base. O ministro informou também que dentro de duas semanas estará em Nova York, onde se reunirá com as agências de classificação de risco para defender que elas estão subestimando o País. Mantega reafirmou, segundo relato de Franklin Martins, que o país caminha para um crescimento anual de 5% do Produto Interno Bruto (PIB).

Planejamento

Ainda durante a reunião ministerial, o presidente Lula manifestou a vontade de enviar uma proposta para o Congresso Nacional ou para a sociedade para ser discutido um planejamento para o País até o ano de 2022. A idéia, segundo Martins, é debater com a sociedade o que ela quer ser no ano em que o País completará 200 anos de independência.

Voltar ao topo