Sob críticas de Bush, Pelosi chega à Síria

A presidente da Camara dos Representantes (deputados) dos Estados Unidos, a democrata Nancy Pelosi, chegou à Síria hoje, a mais alta autoridade americana a visitar Damasco desde que as relações entre os dois países começaram a se deteriorar quatro anos atrás. O presidente dos EUA, George W. Bush, criticou a viagem, dizendo que ela envia uma mensagem errada ao presidente Bashar Assad. Bush resiste a pedidos para promover contatos diretos com a Síria a fim de resolver as disputas.

Numa entrevista na Casa Branca, o presidente estimou que tentativas de relacionamento com a Síria não devem render resultados positivos. "Muitos foram visitar o presidente Assad: alguns americanos, mas um monte de líderes europeus. E ainda não vimos nenhuma ação", afirmou Bush. "Ele não responde", acrescentou. Os Estados Unidos acusam a Síria de apoiar grupos terroristas no Líbano (Hezbollah) e na Palestina (Hamas), e de permitir que "combatentes estrangeiros" entre por suas fronteiras para o Iraque – acusações negadas por Damasco. A porta-voz da Casa Branca descreveu a visita de Pelosi como "uma idéia muito ruim".

Pelosi, recebida no aeroporto de Damasco pelo ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid al-Moallem, não deu nenhuma resposta à Casa Branca quando aterrissou na Síria e seguiu para o centro da capital. Ela agendou um encontro com o presidente Assad e outras autoridades do país para amanhã. Ainda hoje, Pelosi se encontrou com o presidente palestino, Mahmoud Abbas na cidade de Ramallah. Seu tour pelo Oriente Médio a levou para Israel e Líbano e ela ainda deve ir para a Arábia Saudita.

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