Servidores mantêm greve e prédio ocupado em Alagoas

Os servidores públicos estaduais decidiram hoje continuar em greve por tempo indeterminado e manter o prédio da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) ocupado. Os dez andares do prédios estão ocupados desde ontem. As lideranças dos servidores da educação, da saúde e dos policiais civis – principais categorias em greve – disseram que só retornam ao trabalho e desocuparemos o prédio depois que o governador do Estado revogar o decreto 3.555/2007, que suspendeu todos os reajustes salariais concedidos em 2006.

"A proposta do governador divide as categorias, mas a greve continua e vamos continuar insistindo na unidade do movimento", afirmou a professora Lenilda Lima, vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores e ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação. Segundo ela, o governo do Estado não tinha apresentado a proposta por escrito aos servidores. "A proposta foi feita na mesa de negociação, mas até agora não recebemos nada por escrito. Portanto, não podemos confiar", afirmou a sindicalista.

Até segunda-feira, quando os servidores se reúnem, por categoria em assembléias gerais extraordinárias, os serviços públicos da saúde, de educação e segurança pública – paralisados desde quarta-feira – permanecerão deficitários. As delegacias estão parcialmente fechadas e só registram prisões em flagrante. Na Unidade de Emergência – principal pronto-socorro do Estado – apenas os 30% dos serviços essenciais estão sendo mantidos

"A situação da saúde, que normalmente já é caótica, com a greve dos médicos, deflagrada ontem à noite, ficou pior", disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde, Francisco Lima

Os servidores do Instituto Médico Legal (IML) também estão em greve, incluindo os médicos legistas e odontologistas. Desde ontem que o recolhimento dos corpos está sendo feito por empresas funerárias (contratadas por familiares das vítimas) e por soldados do Corpo de Bombeiros. Os policiais militares, que também foram atingidos pelos cortes dos salários, esperam do governo uma contraproposta até segunda-feira. Na terça-feira, eles decidem em assembléia geral se deflagram ou não o aquartelamento.

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