Seminário, em Umuarama, busca impedir degradação dos solos

Produtores rurais e a comunidade em geral vão participar de discussões sobre a importância do manejo conservacionista no combate à degradação do solo e à destruição dos demais recursos naturais.

A iniciativa é uma das ações voltadas para o desenvolvimento sustentável e preservação ambiental que serão praticadas durante o Seminário ?Conservação de Solos e Água no Paraná?, que acontece, nesta quinta-feira, em Umuarama no noroeste do Estado.

O vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, afirmou que o trabalho de conscientização é o primeiro passo para unir toda a sociedade na luta pela conservação dos recursos naturais. ?Os seminários, que acontecem em todas as regiões do Estado desde o início de agosto, visam levar informações a todas as pessoas que atuam no setor agropecuário?, disse.

Segundo ele, é preciso conscientizar tanto os indivíduos diretamente envolvidos em atividades econômicas que, para serem bem-sucedidas, dependem da conservação dos recursos naturais, como todos os membros da comunidade. ?A agressão ao meio ambiente acaba atingindo todos?, lembrou.

Para o chefe do Núcleo Regional da Secretaria da Agricultura em Umuarama, Antônio Comparsi de Melo, a importância da cidade sediar o Seminário é incalculável. ?Há cinco anos, nossa região tornou-se a nova fronteira agrícola do Paraná.

Com isso, muitas pessoas interessadas em investir na produção de grãos vieram para cá. A euforia levou alguns a descuidarem das práticas que contribuem para a conservação dos recursos, como plantio direto, terraceamento e outras. Então, constatamos a perda de considerável quantidade de solos?, comentou.

Segundo Melo, o crescente interesse pelo solo da região pode ser comprovado na valorização da terra local. Cinco anos atrás, o preço médio do alqueire, na região, ficava entre R$ 3 mil e R$ 3,5 mil. ?Hoje, não se encontra terra por menos de R$ 15 mil o alqueire?, afirmou.

Melo ainda lembrou que o solo local é diferente dos encontrados nas demais regiões do Estado. ?Aqui, temos o arenito caiuá. É um solo muito arenoso. Tem alta qualidade e é bastante fértil. Mas exige tratamento especial?, disse.

De acordo com os organizadores, cerca de 800 pessoas devem participar do Seminário em Umuarama. O evento é o penúltimo da série de 12 seminários programados para acontecer até o final deste mês no Paraná. Coordenados pela Secretaria da Agricultura, Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Embrapa Florestas, os eventos contam com a promoção e apoio da Secretaria da Agricultura, do Meio Ambiente, empresas públicas e privadas, universidades, prefeituras, conselhos municpais e associações de classe.

Benefícios

Durante o Seminário, será assinado o convênio para a liberação, por meio do Banco do Brasil, de recursos financeiros para o projeto Arenito Nova Fronteira, que já está em seu quarto ano. Os recursos do Governo Federal, destinados ao custeio da produção agrícola da Safra 2005/06, vão beneficiar 108 municípios da região noroeste do Paraná.

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