Sem-terra desocupam praças de pedágios do Paraná

A desocupação das praças de pedágio espalhadas pelas rodovias do Paraná, invadida no dia anterior pelo Movimento dos Sem-Terra (MST), foi realizada a conta-gotas durante o dia desta quarta-feira (18). A última, em Mauá da Serra, no norte do Paraná, foi desocupada por volta das 15h50. A desmobilização já começara na tarde de ontem, quando em duas delas a saída foi espontânea. À noite, a praça localizada na BR-277, entre Curitiba e o litoral paranaense, também foi desocupada. Com a intervenção da Polícia Rodoviária Federal, os sem-terra saíram pacificamente.

Para marcar a Jornada de Luta pela Reforma Agrária, o MST optou por invadir 25 das 27 praças de pedágio do Paraná, liberando as cancelas para a passagem de todos os veículos sem pagamento das taxas correspondentes. A regional paranaense da Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias (ABCR) não tinha, até a tarde de hoje, um levantamento sobre o prejuízo que isso acarretou às seis concessionárias que atuam no Estado.

Segundo o MST, os objetivos da manifestação, que reuniu cerca de 3 mil pessoas no Estado, eram a denúncia de impunidade no episódio de Eldorado dos Carajás (PA), onde 19 sem-terra foram mortos em 1996, o pedido para que 8 mil acampados sejam assentados no Paraná e um protesto contra o pedágio cobrado nas estradas paranaenses. As concessionárias conseguiram reintegrações de posse judiciais, mas em 21 praças a saída foi espontânea.

Naquelas em que houve necessidade da presença de policiais, os sem-terra acataram a determinação pacificamente. Assim que os sem-terra saíram, as taxas de pedágio voltaram a ser cobradas.

Voltar ao topo