Oito pessoas foram presas nesta segunda-feira (13) em uma operação da Corregedoria Geral da Polícia Civil, entre elas um investigador da Polícia Civil e três policiais militares. Até o início da noite, outros dois alvos da operação estavam foragidos, entre eles um policial civil. Conforme apurou a Tribuna, eles são suspeitos de envolvimento em uma quadrilha de roubo e desvio de cargas.
As ações do grupo foram no ano passado. Segundo as investigações, pelo menos dois roubos foram confirmados: no dia 1.º de setembro, em Araucária; e em 24 de novembro, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais.
A ação teve apoio da Corregedoria Geral da Polícia Militar (PM) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Os fatos ocorridos em Ponta Grossa foram investigados pelo Ministério Público (MP), pela Polícia Federal (PF) e pelo Serviço Velado da PM, que pediu os mandados de prisão.
Os investigadores da Polícia Civil que tiveram prisões preventivas decretadas vão responder também a um processo interno administrativo e estão sujeitos a demissão do cargo.
A Polícia Militar informou que três policiais rodoviários estaduais foram presos preventivamente por suspeita de concussão e associação criminosa, após cinco meses de levantamentos do Serviço Velado do 1.º Batalhão (1.º BPM). Segundo a corporação, dois cabos – um com 19 e outro com 31 anos de serviço – e um soldado (com 20 anos) ficam à disposição da Justiça.
Apreensões
Na casa dos dois cabos foram encontradas munições estrangeiras. Na casa de um cidadão comum ligado aos policiais militares, foram apreendidos R$ 15.902 em dinheiro, R$ 534.168,32 em cheques e R$ 95.789,98 em notas promissórias.
A PM ressalta que não compactua com qualquer tipo de desvio de conduta. Os militares detidos terão direito à ampla defesa. Se ficar comprovada a responsabilidade deles, os instrumentos adequados de saneamento serão adotados.