Desespero!

Detento da PEP 2 morre após passar mal e família fica sem respostas

Arquivo Tribuna.

A família de Robson Eduardo Ermiliano recebeu com tristeza e surpresa a notícia de sua morte no último dia 21 de outubro. Robson estava preso desde abril do ano passado na Penitenciária Estadual de Piraquara II (PEP2), em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba.

De acordo com a tia do rapaz, Camila Vuli, já fazia três meses que a mãe dele não ia ao presídio devido a algumas dificuldades. No dia 21, ela recebeu uma ligação de uma secretária do Hospital Cajuru informando que o filho tinha dado entrada no hospital no dia 19/10 após ter se machucado dentro do presídio. “Quando fomos avisados o hospital já nos passou que ele estava em morte encefálica e não havia mais nada para fazer. No dia 22, ele faleceu. Não sabemos o que de fato aconteceu. Fomos até a penitenciária para buscar informações ou uma assistente social que pudesse nos ajudar e explicar o que aconteceu, mas fomos extremamente mal tratados e não conseguimos nenhuma resposta”, contou Camila.

Robson foi sepultado na última segunda-feira, dia 24, em São José dos Pinhais. “Nós só queremos saber o que aconteceu. Procuramos a imprensa pra nos ajudar a entender o caso porque na penitenciária não conseguimos respostas”, afirmou.

Departamento Penitenciário tentou falar com a família

A reportagem da Tribuna entrou em contato com o Departamento Penitenciário do Paraná, DEPEN, que informou que o preso Robson Eduardo Ermiliano, 27 anos, estava custodiado na Penitenciária Estadual de Piraquara II (PEP2), e faleceu no dia 22 de outubro no Hospital Cajuru.

Segundo informações fornecidas pela unidade prisional, por volta das 14h do dia 19, durante o recolhimento do pátio de sol, Robson teria passado mal e caído no chão, batendo com a cabeça. Imediatamente, agentes penitenciários prestaram apoio e o encaminharam para a enfermaria. Ao ser questionado, o preso relatou que se sentiu tonto e acabou desmaiando. Ele foi encaminhado novamente à cela. Por volta das 16h20, os presos alojados na mesma cela solicitaram atendimento médico porque Robson havia passado mal e desmaiado novamente. De imediato, a unidade solicitou escolta da Polícia Militar e encaminhou o preso para o Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais, onde foi prestado atendimento de emergência, sendo o preso encaminhado para o Hospital Cajuru na mesma data.

O Depen afirmou, por meio de nota, que “inúmeras vezes equipes de serviço social das duas unidades penitenciárias tentaram estabelecer contato com os familiares do detento, não obtendo sucesso em nenhuma das tentativas. Todas as providências necessárias para o atendimento do preso foram prestadas por ambas as unidades. Ainda assim, o Depen solicitou abertura de procedimento administrativo para apurar o caso”, finaliza a nota.