Segundo a ONU, há mais de 250 mil crianças lutando em conflitos

Mais de 250 mil crianças estão servindo de soldados em conflitos armados ao redor do mundo, e dezenas de milhares de meninas estão sendo exploradas sexualmente pelos combatentes, denunciou hoje a Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com a subsecretária geral da ONU, Radhika Coomaraswamy, a situação parece ter melhorado em zonas de conflito como Serra Leoa, Burundi, Libéria e Congo. Já no Oriente Médio, "as crianças continuam a sofrer".

Coomaraswamy, representante da ONU para crianças e conflitos armados, participou de uma reunião do Conselho de Segurança para discutir o assunto. Foi examinada uma resolução adotada no ano passado que prevê sanções a países que violarem as leis internacionais de proteção às crianças em conflitos armados. "Já é hora de o Conselho tomar ações efetivas contra essas recorrentes violações", sentenciou a subsecretária.

A diretora executiva da Unicef, Ann Veneman, disse que nos últimos dez anos dois milhões de crianças morreram em conseqüência de guerras, pelo menos seis milhões ficaram feridas física ou psicologicamente e 12 milhões ficaram desabrigadas. O vice-embaixador da China na ONU, Liu Zhenmin, afirmou que crianças em mais de 30 países "estão ameaçadas por variados tipos de conflitos" e exortou o Conselho de Segurança a ampliar esforços pela paz.

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