Santos empata no final e elimina o São Paulo

São Paulo, 20 (AE) – São Paulo e Santos protagonizaram jogo quente, com várias jogadas bruscas, na noite desta quarta-feira no Morumbi. Foram 8 cartões amarelos e duas expulsões. Valendo vaga para a fase internacional da Copa Sul-Americana, quem levou à melhor na batalha foram os santistas que jogavam pelo empate e conseguiram: 1 a 1. O próximo adversário é a LDU, do Equador.

Mesmo com o Santos utilizando um time reserva, o São Paulo não conseguiu quebrar o tabu de não vencer o rival desde 15 de fevereiro de 2003, quando ganhou por 2 a 1 pelo Campeonato Paulista, na Vila Belmiro.

O jogo teve um primeiro tempo muito violento e melhorou no segundo, quando os dois times trocaram a procupação de mostrar raça e pegada por tentativas de dribles e chutes a gol.

O primeiro tempo dava a impressão de que o número de faltas cometidas era um quesito para se definir a vaga nas semifinais da Copa Sul-Americana. A opção pelo chute na canela adversária e não na bola favorecia o Santos, que se classificaria caso o jogo terminasse sem gols. O São Paulo, ao querer ganhar na força, afastava-se da classificação.

A disposição tática das duas equipes favorecia o estilo “bateu-levou” do jogo. Com os dois times usando três zagueiros e optando pela marcação na saída de bola do adversário, havia muitos choques e divididas. E pouco futebol.

O São Paulo arriscou primeiro, com uma cabeçada fraca de Grafite logo a um minuto. William, aos 12, chutou fora, após receber passe de Marcinho. Houve três chutes seguidos do time são-paulino, dos 14 aos 16, com Danilo, Grafite e Rogério Ceni – este último, em cobrança de falta.

Os ânimos esquentaram de vez aos 28 minutos. Fabão chutou uma bola para escanteio, mas, na seqüência da jogada, acertou Ávalos. O zagueiro do Santos foi tirar satisfação e os dois ficaram se encarando, testa na testa, olho no olho. Vermelho justo para ambos.

Aos 35 minutos, Grafite e Domingos se enrolaram, caíram no chão e ficaram fingindo uma cotovelada que não existiu. Amarelo justo para ambos.

Na saída para o intervalo, Rodrigo culpou Elano, que nem estava em campo, pelo clima tenso. “Ele ficou falando que nosso time é violento e foi isso que se viu”, afirmou o zagueiro do São Paulo. Referia-se às declarações do jogador santista, após a vitória por 1 a 0 na Vila, quando disse que Lugano era violento.

O Santos voltou com Preto Casagrande em lugar de Bóvio. E o São Paulo marcou aos quatro minutos. Rogério Ceni cobrou uma falta, que resvalou na barreira e foi até Júnior, que fez um bom cruzamento para Rodrigo. O zagueiro recebeu sem marcação no lado direito e acertou uma bomba: 1 a 0.

Aos 11 minutos, o São Paulo perdeu uma grande chance: Grafite atacou pela direita, livrou-se de Márcio e cruzou rasteiro. Jean, com o gol aberto, atrapalhou-se e não conseguiu marcar.

Logo em seguida, Jean foi substituído por Rondón, que errou muito e mostrou mais uma vez que sua contratação foi um erro da diretoria do São Paulo.

Luxemburgo fez duas substituições para tentar o empate. Trocou Zé Elias por Paulo César, ganhando saída de bola pela lateral, e William por Deivid, em busca de mais efetividade no ataque.

Leão tentou resolver o jogo sem a cobrança de pênaltis. Tirou o lateral Júnior e colocou o meia Souza. A ordem era para que jogasse na frente, deixando que Rodrigo e Alê cuidassem da marcação pelo lado esquerdo da defesa.

Mas o gol de empate veio pelo lado direito. Um cruzamento de Deivid que Preto Casagrande completou, de cabeça, aos 37 minutos. O São Paulo apertou, mas não conseguiu levar a decisão para os pênaltis. A última chance foi um chute de Souza, bem defendido por Mauro.

O Santos passa e o São Paulo fica. Mas os dois voltam a se enfrentar no domingo, desta vez pelo Campeonato Brasileiro. E aí, Luxemburgo vai usar todos os titulares.

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