Remédio amargo

O remédio amargo preconizado pelo secretário da Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, resultou na morte de 19 pessoas durante a megaoperação realizada por l,3 mil homens das Polícias Militar e Civil e da Força Nacional de Segurança, no Complexo do Alemão, conglomerado de favelas da Zona Norte onde vivem cerca de 160 mil pessoas.

A região está ocupada pela polícia desde o começo de maio, quando dois PMs foram mortos por traficantes que controlam pontos de distribuição de drogas e armas espalhados por toda a área.

Na megaoperação de quarta-feira a polícia apreendeu um arsenal composto por armas de grosso calibre e 60 bananas de dinamite, mostrando o poder de fogo das quadrilhas que operam o tráfico. A princípio, o secretário José Mariano Beltrame admitiu que entre 18 e 20 pessoas haviam sido mortas, mas depois o número oficial caiu para 13.

Contudo, horas depois o motorista de uma van foi constrangido (não soube explicar por quem), a transportar mais seis mortos para o IML, subindo para 19 o número de vítimas da guerra urbana que já se estende por dois meses no Complexo do Alemão.

O pan vai começar no dia 13 de julho e a preocupação óbvia do governo é a segurança. Para garantir que isso aconteça, serão concentrados no Rio seis mil homens do aparato policial e da Força Nacional de Segurança.

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