Reforço do patrulhamento no Rio não evita volta de ataques

Rio de Janeiro – O reforço no patrulhamento na cidade do Rio de Janeiro anunciado pelo Comando da Polícia Militar não foi suficiente para conter a onda de violência nas ruas, iniciada há dois dias. Na madrugada deste sábado (30) novos ataques foram registrados.

Em Bangu, zona oeste da cidade, a delegacia foi metralhada por vários homens que passaram em um carro. Uma granada também foi jogada e abriu um buraco na calçada em frente à delegacia. Os policiais de plantão revidaram os tiros e um morador de rua que dormia nas proximidades foi baleado no tórax e levado para o hospital estadual Albert Schweitzer, em Realengo.

Na favela do Muquiço, em Guadalupe, zona norte da cidade, cinco homens suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas foram mortos em um confronto com policiais militares. Foram apreendidas granadas, fuzis, pistolas e drogas.

Na favela Parque Alegria, no Caju, zona portuária do Rio, uma patrulha foi atacada a tiros no acesso da Avenida Brasil para a Linha Vermelha. Os policiais pediram reforço e os homens fugiram para o interior da favela. Ninguém ficou ferido.

Em outro ponto da avenida Brasil, na favela Nova Holanda, policiais militares do Batalhão de Vias Especiais surpreenderam um grupo de homens reunido com a cobertura de dois veículos. Ao perceberem a aproximação da patrulha, os homens fugiram para o interior da favela, deixando cair uma mochila com duas garrafas com gasolina, além de quatro granadas de fabricação artesanal. Os artefatos e o combustível foram levados para a Delegacia de Bonsucesso.

Na Cidade de Deus, vários homens tentaram fechar a principal via de acesso para a favela ateando fogo em móveis velhos. A polícia chegou e houve troca de tiros, mas ninguém ficou ferido ou foi preso.

Em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, vários homens armados pararam e incendiaram um ônibus da Viação Glória, quando o coletivo passava pela estrada do Tinguí. Também não houve feridos ou prisões.

Os ataques de criminosos na cidade deixaram 18 pessoas mortas e 23 feridas na quinta-feira. Entre os mortos, sete estavam num ônibus da viação Itapemirim que seguia do Espírito Santo para São Paulo, que foi incendiado por um grupo armado. Outros dez ônibus também foram queimados. Delegacias e cabines da polícia militar foram metralhadas. Seis suspeitos de participação nos atentados foram presos e 11 feridos continuam internados.

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