Rede empresarial no Paraná vai monitorar eleitos

A Rede de Participação Política do Empresariado, movimento lançado pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), em parceria com a Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap), já está definindo suas metas e ações estratégicas para 2007. Uma das principais iniciativas é o desenvolvimento de um sistema para o monitoramento dos eleitos no último pleito.

A Rede irá fornecer dados e informações a respeito do comportamento dos políticos, acompanhar a tramitação dos projetos de Lei e, ao mesmo tempo, contribuir com parlamentares, congressistas e governo, mediante proposituras e diálogos fomentados nas iniciativas do movimento.

Segundo o presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, o  intuito é aproximar o empresariado e a sociedade em geral do cenário político, visando a colaboração mútua na condução da coisa pública. "Acredito que os empresários devam fazer uma cooperação estratégica com os governos federal e estadual no sentido de unir forças para restabelecer o crescimento do país e, através desse crescimento, promover a inclusão social e atender a preocupação legítima de combater a pobreza. Isso inclui contribuir com idéias e também cobrar compromissos assumidos durante a campanha", explicou.

Outra frente de trabalho do movimento é a capacitação política, materializada em ações que visam transmitir conhecimentos sobre o sistema político, a ?arte de fazer política? e, principalmente, formar lideranças no meio empresarial e social. Para isto a Rede lançará, por exemplo, o curso básico de formação política, organizado em parceria com a Universidade Norte do Paraná (Unopar), de Londrina. O curso utilizará o sistema de educação à distância (tele-aula e internet), o que permitirá sua ampla difusão.

Estruturação

Atualmente, a Rede possui núcleos em nove regiões do Paraná (Curitiba, Ponta Grossa, Londrina, Maringá, Campo Mourão, Cascavel, Paranavaí, Pato Branco e Guarapuava), onde existem os chamados ?animadores?, que atuam como articuladores das atividades do movimento em sua área de abrangência. E, além disso, já conta com cerca de 3.500 cadastrados, número que vem crescendo desde o lançamento do movimento, em abril deste ano, durante o Congresso Paranaense da Indústria.

Com o objetivo de aumentar estas conexões, a Rede planejou para 2007 um ?Calendário de Capacitação e Animação?, com encontros marcados em todos os pólos do movimento no Estado. Serão realizados cursos para capacitação de novos articuladores e, ao mesmo tempo, vão ser promovidas reuniões com as sociedades regionais para diálogos a respeito dos propósitos do movimento, voltados a estabelecer uma relação entre democracia e desenvolvimento.

Segundo o animador em Londrina, Rubens Negrão, o trabalho nesta regional deve contemplar também parcerias com as associações comerciais. ?Temos um total de 42 associações e pretendemos transforma-las também em animadores da Rede?, acrescenta. Na regional de Cascavel, a intenção é levar conhecimento sobre o cenário político e o próprio movimento para o empresariado e o meio estudantil. ?Vamos realizar reuniões semanais com os empresários e associações de classe. Além disso, pretendemos vincular a Rede em um jornal semanal que circula com 2 mil exemplares em todo o mailing empresarial, faculdades e escolas do Sesi?, explica a animadora da Rede, Magda Ferrari.

Participação

O número de membros da Rede vem crescendo e cobrindo cada vez mais o espaço do cenário nacional. Hoje o movimento possui cerca de 3.500 cadastrados, espalhados por 24 estados. Na medida em que cresce, a Rede também se torna mais ativa. O debate de temas relacionados ao cenário político desperta o interesse e a integração dos internautas, que, somente na questão publicada entre os dias 12 e 15 de dezembro, postaram, em poucas horas, mais de 100 comentários de altíssimo nível.

Para acompanhar resultados, a Rede acaba de lançar um espaço de análise para os comentários. O objetivo é facilitar a mensuração das opiniões postadas e criar uma espécie de documento com os pontos mais relevantes mencionados pelos participantes. Com isso constata-se a importância de cada elo de uma rede e a força social que pode ser exercida por ela, como afirma o cientista político Augusto de Franco: ?Quanto mais conectado é o mundo, menor ele é, porém mais potente socialmente ele é?.

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