Receita simples

A receita é simples: para a economia brasileira crescer à taxa média de 5% anuais, bastaria investir algo em torno de 26% do Produto Interno Bruto. O que ainda não se sabe é como fazer isso e, caiam os céus, o vaticínio somente teria condições de se realizar em 2018!

Como nunca a surrada, mas irretorquível lição de Lorde Keynes, quanto às boas intenções lotando os cemitérios, teve cabimento tão conspícuo quanto nesse autêntico vôo de galinha, que é o ritmo de expansão da nossa economia.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, depois de alguns adiamentos, finalmente anunciará nesta segunda-feira o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), coleção de 50 iniciativas visando a retomada do desenvolvimento econômico, depois de 12 anos de marcha lenta – média anual de 2,7% – nos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso e no recém-encerrado.

Persistem os dilemas sobre o corte radical das despesas correntes do governo para a ampliação da capacidade de investimento na infra-estrutura, tendo em vista a proibitiva intenção de continuar elevando a carga tributária, atualmente proporcional a 38% do PIB.

Espera-se que o PAC dê sinais claros de redução da dívida pública em relação ao PIB, queda da Selic, retomada do investimento público e diminuição da carga tributária. Caso contrário, o carro continuará atolado.

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