Queda de alimentos in natura desacelera taxa do IPC-S

O comportamento favorável dos preços dos alimentos in natura foi o responsável pela desaceleração na taxa do Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S), que subiu 0,18% até a quadrissemana encerrada em 15 de outubro, ante aumento de 0,25% apurado no indicador anterior, de até 7 de outubro. A informação é do economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Braz.

De acordo com ele, no período houve deflações nos preços de hortaliças e legumes (de 1% para -0,65%) e frutas (de -3,74% para -4,68%). Isso levou os preços dos alimentos a registrarem queda de 0,01% no IPC-S de até 15 de outubro, ante alta de 0,24% apurada no IPC-S anterior.

Segundo Braz, a deflação nos alimentos só não foi mais intensa devido à aceleração de preços em produtos que ainda estão sofrendo os efeitos da entressafra – que reduzem a oferta no mercado interno e, por conseqüência, eleva os preços. É o caso das elevações de preços mais intensas em aves e ovos (de 3,64% para 4,05%); e carnes bovinas (de 3,74% para 3,98%).

Entretanto, o economista considerou que, além dos alimentos in natura, a taxa do IPC-S também foi mais baixa devido a outro fator: a continuidade nas quedas de preços em combustíveis de peso no varejo, como álcool combustível (-4,06%); e gasolina (-0 30%). "A boa safra de cana-de-açúcar continua favorável", afirmou, ao justificar a queda de preços do álcool – acrescentando que o preço da gasolina foi influenciado por esse combustível, visto que a gasolina contém 20% de álcool em sua formação.

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