Produtores de feijão comemoram preços

Produtores do Paraná que plantaram feijão preto estão comemorando o preço da saca, que não pára de subir. Segundo informações do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretarial Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab), o preço médio da saca de 60 kg em outubro era R$ 67,00. Em novembro, passou para R$ 77,00 e, na semana passada, para R$ 85,00. Para aproveitar a onda de preços altos, muitos já começaram a colher o produto. Até o último dia 12, segundo o Deral, 19,4% da área plantada já havia sido colhida. No ano passado, no mesmo período, o índice era de 12%.

De acordo com Dirlei Antonio Manfio, do setor de Previsão de Safras do Deral, a colheita do feijão está mais adiantada no norte do Estado, especialmente nas regiões de Londrina e Cornélio Procópio. Em todo o Paraná, a estimativa é que o feijão das águas (feijão 1.ª safra) ocupe uma área de 354 mil hectares.

Segundo Manfio, com o fim da colheita do feijão, muitos produtores aproveitam para plantar milho. Até agora, cerca de 98,2% da lavoura de milho já foi plantada. No caso da soja, o índice sobe para 99,5%. O plantio das duas lavouras, afirmou Manfio, deve estar concluído até o próximo dia 20. Ao contrário do feijão, o preço do milho vem caindo nos últimos meses. Em setembro, a saca custava R$ 14,55, enquanto na semana passada, era comercializada a R$ 11,55. O aumento da oferta é um dos fatores que vem contribuindo para a queda no preço. No caso da soja, o cenário não é diferente: a saca, que chegou a ser comercializada a R$ 29,00 em julho, custava na semana passada R$ 23,72. Da safra 04/05, 85,2% já foi comercializado até agora.

Outro produto que está registrando oscilações no preço é o trigo. Em setembro, a saca custava R$ 18,00. Passou para R$ 17,30 em outubro, R$ 17,15 em novembro e, na semana passada, era comercializada a R$ 17,80. Até agora, apenas Guarapuava ainda não concluiu a colheita. Quase 52% da produção de trigo já foi comercializada. (Lyrian Saiki) 

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