Produção industrial do Paraná cresce pelo quinto mês seguido

A produção das indústrias do Paraná cresceu 8,3% em fevereiro na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi o segundo melhor do país. Só ficou atrás do verificado no Espírito Santo (8,4%). A média nacional foi calculada em 3%. Este é o quinto resultado positivo consecutivo alcançado pelo Estado. No bimestre, o crescimento paranaense foi de 5,7%.

Já a produção industrial paranaense de fevereiro em relação ao mês anterior, janeiro, a elevação foi de 2,6%, taxa inferior apenas à do Ceará (3,8%). A pesquisa mensal revela ainda que, na metade dos 14 estados brasileiros pesquisados, dentro do mesmo comparativo, a produção industrial recuou. Os Estados mais afetados foram o Rio de Janeiro (-5,4%), Bahia (-6%), Amazonas (-6,7%) e Goiás (-10,1%). No Brasil, o resultado nesse comparativo foi de 0,3%.

Na região Sul, o resultado do Paraná (8,3%) no comparativo de fevereiro de 2007 com fevereiro de 2006 ficou bem à frente do Rio Grande do Sul (5,6%) e de Santa Catarina (3,3%). Já na comparação com janeiro, o Paraná (2,6%) também lidera com folga. O Rio Grande do Sul apresentou um taxa de crescimento de 2% e Santa Catarina de apenas 1,1%.

Segundo o secretário estadual da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Virgílio Moreira Filho, os resultados da produção industrial no Paraná tem como pano de fundo as políticas públicas de incentivo ao desenvolvimento econômico do governo do Estado. O secretário destaca principalmente a redução de impostos, como nas transações dentro do Estado, fator lembrado também pela Federação das Indústrias do Paraná.

Moreira Filho lembrou também que, desde 2003, 132 mil microempresas estão isentas do pagamento do ICMS e que outras 35 mil tiveram redução nas alíquotas do imposto. A Secretaria da Fazenda também reduziu o impostos dos materiais de construção e da cesta básica. Além disso, o programa Bom Emprego – de atração de ampliação de investimentos industriais – já atende 96 empresas, com a dilação de recolhimento do imposto, benefícios que somam quase R$ 3 bilhões.

O crescimento da produção industrial do Paraná em fevereiro deveu-se às taxas positivas obtidas pelo setor de edição e impressão (74%), alimentos (12%), veículos automotores (10,1%) e máquinas e equipamentos (16,6%).

Já no acumulado do ano, 10 dos 14 ramos pesquisados tiveram aumento na produção. A maior contribuição positiva veio de veículos automotores (23,8%), seguida da de edição e impressão (24,7%) e alimentos (5,7%). As principais pressões negativas vieram do refino de petróleo e produção de álcool (-12,2%) e madeira (-16,1%).

No acumulado nos dois primeiros meses de 2007, frente a igual período do ano passado, há um perfil generalizado de expansão da produção industrial, que atingiu 12 estados. Os líderes em termos de crescimento no bimestre foram Goiás (9,2%) e Pará (8,9%). O Paraná aparece em quinto lugar (5,7%), mas acima da média nacional (3,8%).

A pesquisa do IBGE revela ainda que na indústria nacional observou-se uma ligeira aceleração no ritmo de produção na passagem do quarto trimestre de 2006 (3,2%) para o primeiro bimestre de 2007 (3,8%).

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