O presidente da Polônia, Aleksander Kwasniewski, disse ontem em um encontro com jornalistas franceses, que seu país foi enganado sobre as armas de destruição em massa que supostamente estavam em poder do do Iraque. “É verdade que, no que diz respeito às armas de destruição em massa, fomos mal informados, enganados e induzidos a cair num erro”, afirma o governante, citado pela agência polonesa PAP.
No entanto, Kwasniewski ressaltou ao mesmo tempo que, na situação atual, a retirada das tropas polonesas da coalizão agressora que atua no Iraque não teria sentido. “Já estamos em meados de março e eu pergunto: se a retirada das tropas significasse a volta da guerra, das brigas étnicas e da agressão contra países vizinhos, que sentido teria?”, disse Kwasniewski.
As declarações do presidente polonês se relacionam com as do líder do Partido Socialista Espanhol (PSOE), José Luis Rodríguez Zapatero, que disse depois da vitória nas eleições do domingo passado que seu país retirará do Iraque no final de junho o contingente de 1.300 homens caso não haja um mandato oficial da ONU. Atualmente, a Polônia comanda a Divisão Internacional, que conta com 9.000 homens no setor centro-sul do Iraque.