Preço do gás boliviano já está em linha com o mercado

O preço que o Brasil está pagando pelo gás natural da Bolívia já está próximo ao vigente no mercado internacional e não há espaço para novas elevações a curto prazo. A avaliação é do secretário de Planejamento e Desenvolvimento do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, em palestra no Instituto Brasileiro de Executivos Financeiros (Ibef).

Segundo ele, o preço "na fronteira" para o gás boliviano está em US$ 4,70 por milhão de BTU (unidade de medida do poder calorífico), além de outros US$ 1,80 referente ao transporte. "Com isso, o preço chega aos US$ 6,50 por milhão de BTU, enquanto os preços no mercado internacional estão entre US$ 6,50 e US$ 6,70 por milhão de BTU", comparou.

Zimmermann considera que "faltou maturidade" aos dirigentes da Bolívia ao exigirem reajustes muito acentuados para o preço do combustível. "Quando o gás atingiu US$ 14 por milhão de BTU no final do ano passado, a Bolívia considerou que os preços que vendia ao Brasil estavam baixos. Só que aquele foi um momento específico do mercado e desde então os preços caíram muito", complementou. Segundo ele, se o gás boliviano subir muito viabilizará outros energéticos, como o próprio óleo combustível ou o óleo diesel.

"A partir de US$ 8 por milhão de BTU, o óleo combustível fica mais interessante que o gás natural", avaliou. Segundo Zimmermann, os preços do gás natural no Brasil não eram vinculados ao mercado internacional devido às peculiaridades do País. A partir de 2008, porém, com a implantação de unidades de gás liquefeito, o mercado brasileiro tenderá a acompanhar os preços internacionais.

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