Técnicos da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) estão otimistas com o escoamento da safra de soja, cujos embarques vem se intensificando desde domingo. Durante o mês de maio, 18.083 caminhões, a maioria com soja em grãos, chegaram ao Porto de Paranaguá sem que houvesse filas. O resultado foi 19% maior que o verificado em igual mês do ano passado, quando o porto registrou a chegada de 15.153 veículos.
Para o superintendente Eduardo Requião, o fato se deve à aplicação da Ordem de Serviço nº 020/2004, que determina a chegada de caminhões ao pátio somente quando a carga já está vendida e ainda ao rigor com que os técnicos responsáveis estão agindo para seu cumprimento.
De acordo com a determinação, também os navios devem estar nominados para receber a carga. ?Esse fator está sendo preponderante para a redução no valor da ?demurrage? (tempo de espera dos navios), na elevação do prêmio Paranaguá, no maior e mais ordenado volume de trabalho para os caminhoneiros e, da mesma forma importante, na credibilidade do Porto de Paranaguá no mercado internacional?, disse o dirigente.
Eduardo Requião acrescentou que espera que as filas façam parte de um ?passado?, no qual o caminhoneiro e a imagem do Porto de Paranaguá eram os maiores sacrificados. ?O caminhoneiro era penalizado porque ficava, às vezes, até 10 dias na estrada para trazer uma única carga, pois seu veículo era utilizado como silo ambulante. Hoje, o caminhoneiro desce a serra com a certeza de que encontrará agilidade e tempo de descarga rápida, com espera máxima de 4 horas?.
Quanto ao porto – destacou ainda – o que era considerado como a ?fila da vergonha? se mostra hoje ao mercado externo como possuidor de uma logística capaz de absorver a produção e escoá-la de forma ágil, atendendo as necessidades dos compradores de produtos brasileiros, principalmente os granéis sólidos, entre eles a soja em grãos e farelos.
Em apenas três dias, o Porto de Paranaguá embarcou 152.725 mil toneladas de soja em grãos e farelos, o correspondente a quase 4 mil caminhões, já que cada veículo transporta, em média, 40 toneladas. O número de caminhões correspondente a um quilômetro de fila é de 40, respeitando o espaço de 5 metros entre um veículo e outro, segundo a Guarda Portuária que, juntamente com a Polícia Militar, promove a segurança dos caminhoneiros.