O superintendente Eduardo Requião anunciou nesta segunda-feira que o Porto de Paranaguá está oferecendo novos espaços para ampliar os investimentos públicos e privados no terminal. O primeiro trata de um terreno com 296 mil metros quadrados, localizado no Km-5 da BR-277, área que pertencia à antiga Rede Ferroviária Federal e que foi recém-adquirida pelo governo do Estado.
Outro projeto de expansão do terminal paranaense se refere diretamente ao projeto de integração entre o porto e a cidade. A iniciativa está configurada no projeto para construção do Condomínio Parque Aduaneiro, localizado à Leste do cais comercial
Num momento inicial, o primeiro terreno será usado como um pátio de triagem de caminhões auxiliar ao existente atualmente, o que não significa, segundo o superintendente, que o porto estará disponibilizando um novo estacionamento, como entendem alguns usuários.
“Ao contrário, o propósito é armazenagem de produtos e a criação de estruturas que atendam aos interesses da operação portuária”, explica Eduardo Requião. “Até que tenhamos possibilidade de iniciar este processo, a área será utilizada como pátio provisório”.
O superintendente diz ainda que o porto vai usar a área emergencialmente para facilitar o fluxo e o tráfego de caminhões e, em seguida, irá disponibilizá-la para construção de estruturas de armazenagem e de outras que forem necessárias.
Eduardo Requião considera o terreno como a última área nobre em Paranaguá. “A área, sendo utilizada com eficiência, garantirá também a instalação de uma extensão da Bolsa de Chicago em Paranaguá”, acrescentou o dirigente portuário.
Caso o porto e os exportadores mato-grossenses fechem parcerias, fazendo com que o couro, a madeira e o algodão sejam escoados pelo terminal paranaense, poderão ser disponibilizadas áreas destinadas ao fluxo de cargas, como a localizada na Vila da Madeira, que possui 66 mil metros quadrados.
Integração
Já o projeto que trata da integração entre o porto e a cidade compreende uma área de mais de 400 mil metros quadrados, distribuídas, num primeiro momento, em 17 lotes, cada qual com 11 mil metros quadrados em média, onde serão instalados empreendimentos ligados ao setor portuário.
O aumento da área retroportuária, através da aquisição do terreno, acompanha projeto anterior já colocado em prática pelo porto e que trata do aumento do espaço primário do Porto. Com o remanejamento do muro que cerca o terminal, a área de segurança, que no decorrer do processo se transformará em primária, passará dos atuais 282 mil metros quadrados para 2,1 milhões de metros quadrados.
“Deveremos modificar, também, os portões e oferecer um novo espaço para movimentação de produtos do segmento de carga geral. Para isso, já estamos preparando a área, com pavimentação apropriada para as operações”, disse ainda Eduardo Requião.
A utilização das áreas de 296 mil metros quadrados e de 66 mil metros quadrados e a construção do novo muro na área primária são resultado da aplicação de recursos da própria Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina.