Um festival de pedidos de impugnações

O presidente estadual do PSDB, Valdir Rossoni, disse que entrou ontem no Tribunal Regional Eleitoral com novo pedido de impugnação da coligação PMDB-PSDB, junto com o secretário-geral do diretório estadual tucano, Luiz Carlos Hauly e o deputado federal Gustavo Fruet. "Pedimos que seja respeitada a decisão tomada em nível nacional. Ninguém foi contra a determinação da direção do partido, já que não houve contestação à decisão junto ao diretório nacional", afirmou Rossoni. É o segundo pedido de impugnação apresentado ao TRE contra a coligação.

Segundo Rossoni, aqueles que se sentiram prejudicados com a anulação da decisão tomada na convenção estadual – que aprovou por uma diferença de cinco votos a coligação com o PMDB – deveriam ter apresentado recurso num prazo de oito dias. "Mas isso não ocorreu." Rossoni disse que a decisão do diretório nacional tomada no dia 30 de junho determinou somente a anulação da aliança, não mudando o que ficou decido nas candidaturas ao Senado, à Câmara Federal e à Assembléia Legislativa.

Já o advogado da coligação PMDB-PSDB, Guilherme Gonçalves, afirmou ontem que vai entrar com pedido de desconsideração do registro de chapa feito por Rossoni no TRE, uma vez que o presidente do diretório estadual tucano registrou a ata da convenção estadual, mas não registrou a candidatura que formaliza a aliança com o PMDB. Segundo Gonçalves, no registro estão contempladas todas as candidaturas do partido à exceção da indicação do deputado Hermas Brandão (PSDB) para vice, na chapa encabeçada pelo governador Roberto Requião (PMDB).

No entendimento de Gonçalves, se pedido de impugnação feito pelo candidato a deputado estadual Paulo César Rossi (PSDB), for julgado procedente pela Justiça Eleitoral, a candidatura de Alvaro Dias pode correr risco de também ser impugnada, assim com possivelmente outras candidaturas.

Para Gonçalves, assim que a coligação foi aprovada na convenção, ela não poderia mais ser anulada pelo diretório nacional, sob o risco de prejudicar todas as candidaturas. Gonçalves disse também que é falso o argumento de que uma aliança com o PMDB não seria vantajosa para o palanque de Alckmin, conforme consta no pedido de impugnação. "O PMDB registrou em sua ata o apoio a Alckmin", afirmou.

Rossoni, porém, descarta a hipótese de haver risco para as candidaturas. "Esse argumento é para tentar amedrontar para que não haja recursos contra a coligação. A votação realizada na convenção estadual aprovou a chapa ao Senado e as chapas às eleições proporcionais por unanimidade, sem contestação", disse. Para ele, a única questão que está em jogo no momento é a coligação com o PMDB. "O restante não tem o que se questionar", declarou.

Outras impugnações

No último dia, o TRE recebeu vários pedidos de impugnação. O diretório estadual do PSDB entrou com pedido contra a Coligação Paraná Forte (PMDB-PSDB-PSC) e contra a candidatura do deputado Hermas Brandão. O candidato Paulo Cesar Rossi também entrou com pedido contra a aliança do PMDB com os tucanos. Brandão, por sua vez, pediu a impugnação da candidatura de Valdir Rossoni.

O candidato ao governo Antônio Roberto Forte (PSL) entrou com pedido contra Coligação Voto Limpo (PPS-PFL). Conforme o TRE, a Coligação Paraná Unido entrou com pedido de impugnação contra Jacob Alfredo Stofeels Kaefer. Mauro Gregonese pediu a impugnação de Mário Manuel das Dores Roque e Luiz Renato Rodrigues da Cunha pediu a impugnação de Carlos Antônio Tortato. Segundo a Justiça Eleitoral, PFL entrou com também pedido contra Alisson Wandscheer (PPS) e o PRP pediu a impugnação de: Enio Verri (PT), João Ivo Caleffi (PT) e Odílio Balbinotti (PMDB). 

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