Pecúlio

Secretário de saúde de Foz é preso em operação da PF

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (21) a terceira fase da Operação Pecúlio, que investiga o desvio de dinheiro público em contratos supostamente fraudulentos entre a prefeitura de Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, e empresas da região. Foram emitidos 22 mandados de busca e apreensão, 9 de prisão preventiva e uma pessoa foi detida por porte ilegal de arma. Os agentes da PF fazem buscas nas secretarias da Saúde, Planejamento e Tecnologia da Informação.

O secretário municipal da Saúde, Gilber da Trindade Ribeiro, e o ex-secretário da pasta Charles Bortolo foram presos. Também foram detidos Marli Terezinha Telles, diretora de gestão em Saúde; Reginaldo da Silveira Sobrinho, da Secretaria de Saúde; Valter Martin Schoeder, Valter Martin Schoeder Júnior e Luiz Carlos Alves, ambos da Secretaria da Fazenda; e Girnei de Azevedo, da secretaria de Obras.

A Gazeta do Povo apurou ainda que o empresário Nilton Beckers, preso em outra fase da operação, fez delação premiada e denunciou 85 pessoas.

Segundo a antiga Controladoria-Geral da União (CGU) – atual Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle –, há indícios de que os prejuízos aos cofres públicos cheguem a R$ 4 milhões com o desvio de recursos destinados a obras de pavimentação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e serviços do Sistema Único de Saúde (SUS).

A primeira fase da Operação Pecúlio foi deflagrada em 19 de abril, quando agentes da PF e da Controladoria cumpriram 4 mandados de prisão preventiva, 10 de prisão temporária, 19 conduções coercitivas (quando a pessoa é leva a depor e liberada em seguida) e 51 mandados de busca e apreensão em residências dos investigados, órgãos públicos e empresas. O prefeito Reni Pereira (PSB) foi levado para depor na primeira fase. Na casa de Reni foram apreendidos R$ 120 mil em dinheiro. Ele nega irregularidades.

A PF informou no começo do mês que 40 pessoas foram indiciadas por participação no esquema. Os indiciados devem responder pelos crimes de organização criminosa, fraude a licitação, peculato, corrupção ativa e corrupção passiva.