Requião pede a Stica que permaneça na liderança

stica221204.jpg

Stica: "Não haverá mais despedidas".

Apesar de o PT ter decretado sua independência do Palácio Iguaçu, o governador Roberto Requião (PMDB) pediu ao deputado estadual Natálio Stica (PT) que permaneça na liderança do governo na Assembléia Legislativa. Durante almoço, ontem, na Granja do Cangüiri, Stica colocou o cargo à disposição do governador, mas segundo o deputado petista, Requião não aceitou sua saída e o petista confirmou que permanece no cargo.

Anteriormente, Stica disse que ficaria até o dia 15 de fevereiro, quando a Assembléia Legislativa recomeça as sessões. Mas depois da conversa com Requião, o deputado petista garantiu que não haverá mais despedidas do cargo. "A não ser que aconteça algo no recesso, vamos continuar na liderança", declarou. No PMDB, já estavam se cogitando alguns nomes para substituir Stica, entre eles, o deputado estadual Rafael Greca.

Constrangimentos

A decisão de Stica, assim como a de Padre Roque Zimmermann, que também anunciou que fica na secretaria do Emprego e Relações do Trabalho, desagradou aos petistas que defenderam o afastamento do governo. Embora a entrega dos cargos pelos filiados tenha sido recomendada, e não exigida, na resolução aprovada pelo diretório realizada no último sábado, dia 18, o presidente do partido no Paraná, deputado estadual André Vargas, disse que espera que a posição de Stica seja modificada até a volta dos trabalhos legislativos, em fevereiro.

"Acredito que o bom senso vá prevalecer. Foi uma decisão unânime do partido e o Stica sempre disse que se o partido pedisse, ele seguiria a orientação da maioria", afirmou Vargas. Para o presidente estadual do PT, a permanência de Stica na liderança irá criar um constrangimento ao partido. "O Stica é um sindicalista, tem uma história no PT e tenho certeza que ele não vai nos criar este constrangimento. Estamos apelando ao bom senso. Trata-se de uma questão óbvia."

A liderança do governo nestes dois anos de administração de Requião sempre foi exercida por um deputado petista. O primeiro foi Angelo Vanhoni, que permaneceu na função até o início deste ano, quando se desincompatibilizou para concorrer à prefeitura de Curitiba. Stica deixou a 1.ª vice-presidência da Mesa Executiva para suceder Vanhoni na liderança. Os peemedebistas e os articuladores políticos do governo sempre argumentaram que a escolha de um nome do PT para representar Requião na Assembléia Legislativa contribuía para que os petistas permanecessem aliados fiéis ao governo.

Voltar ao topo