Requião cobra solução para impasse do pedágio

O impasse da cobrança do pedágio no Paraná foi um dos assuntos abordados ontem pelo governador Roberto Requião (PMDB) na reunião com o chefe da Casa Civil, Caito Quintana, e o procurador geral do Estado, Sérgio Botto de Lacerda, na Ilha das Cobras.

Quintana não revelou detalhes da conversa, mas disse que o governador cobrou de sua equipe uma solução para o problema, que prometeu resolver na campanha eleitoral do ano passado com o slogan “ou abaixa ou acaba”. Além de Quintana e Lacerda, também viajaram para a Ilha os secretários da Fazenda, Heron Arzua, do Planejamento, Eleonora Fruet, e da Ciência e Tecnologia, Aldair Rizzi. Requião está desde a tarde de quinta-feira na Ilha das Cobras para fazer um balanço do que funciona e do que está falhando na sua administração.

De acordo com o secretário da Casa Civil, o governo tem pressa em concluir as auditorias nas empresas concessionárias do pedágio para que, com base nos dados levantados, recomeçar as negociações para a redução das tarifas e no caso de não avançar para um acordo com as empresas, partir para o processo de encampação da cobrança, aprovado em junho pela Assembléia Legislativa. “O governo pretende ter os custos e números reais para saber quanto se pode reduzir”, disse o secretário.

Com as informações sobre os custos do sistema e a arrecadação, o governo espera ter mais sustentação para pressionar as empresas a ceder em relação aos valores cobrados. “A redução do pedágio é a palavra de ordem em pleno vigor no governo e fará eco no Paraná”, comentou o secretário da Casa Civil.

A previsão inicial é que o governo concluísse as auditorias até o início de setembro. Mas o trabalho da comissão especial de auditoria do pedágio acabou encontrando vários obstáculos jurídicos interpostos pelas empresas. O resultado foi que o governo não conseguiu incluir na proposta de orçamento para o próximo ano o valor previsto para os custos da encampação. Foi obrigado a deixar em aberto uma rubrica para promover, se necessário, um remanejamento do orçamento.

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