Relator indica ser a favor da cassação de Paulinho

O Conselho de Ética da Câmara começa a decidir nesta quarta-feira (26) o destino do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, que pode ter o mandato cassado e se tornar inelegível até 2018. A base para o voto do relator, Paulo Piau (PMDB-MG), é o relatório da Operação Santa Tereza, da Polícia Federal. Para ele, o trabalho da PF foi “muito bem feito” e é “limpo e cristalino” o esquema armado para desviar recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Se a cassação for aprovada no conselho, ainda terá de ser votada no plenário da Câmara.

Paulinho é apontado pelos federais como “beneficiário” da partilha de recursos do banco estatal. Além disso, caiu em grampo telefônico discutindo com alvos da Santa Tereza “formas de desqualificar a investigação”, conforme o Estado revelou em maio. O fato, à época, foi o suficiente para que o corregedor da Câmara, Inocêncio de Oliveira (PR-PE), pedisse sua cassação. “Ele não poderia usar o mandato para pressionar A, B ou C. O telefonema foi um momento muito infeliz”, afirmou.

Assessores de Paulinho não atenderam nesta terça (25) aos telefonemas da reportagem e não deram retorno aos recados deixados em suas caixas postais. O advogado de Paulinho, Antonio Rosella, disse que confia na absolvição de seu cliente. “O BNDES apresentou uma auditoria que afirma que não existe possibilidade de interferência de qualquer pessoa, menos do Paulinho. Se o BNDES declarou isso não há elementos para poder fundamentar a cassação”, afirmou.

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