Sucessão

PT retoma discussão sobre aliança com Osmar

A presidente estadual do PT, Gleisi Hoffmann, reuniu-se na noite de anteontem com o senador Osmar Dias (PDT) e o presidente em exercício do PDT no Paraná, deputado Augustinho Zucchi para restabelecer as negociações em torno da aliança para a sucessão estadual de 2010.

O encontro entre a dirigente petista e os pedetistas ocorreu após um final de semana em que o PT cobrou uma posição do senador Osmar Dias sobre a aliança e anunciou em nota que não ficará refém de nenhum partido ou candidato.

Da reunião, PT e PDT saíram com o compromisso de realizar, na próxima segunda-feira, uma reunião das duas executivas para debater a conjuntura e as condições para que os dois partidos estejam juntos em 2010. “Não é uma reunião definitiva, é uma reunião que faz parte do processo de construção de aliança. Não se constrói numa reunião só. A gente vai fazendo contato, vai amadurecendo, vai refletindo. É mais um momento para fazer essa reflexão”, comentou Gleisi, que disse estar otimista com o sucesso da articulação, mesmo depois da demonstração de insegurança por parte de alguns dirigentes do PT.

“Acho que o PDT também está inseguro. Somos partidos que não nos conhecemos na lida de alianças aqui no Paraná, pelas características já anteriores, do nosso histórico. Então, também estamos fazendo uma aproximação, nos conhecendo e é natural que essas divergências aconteçam”, ponderou. “O senador também fez algumas colocações, nós, outras, mas está claro que há disposição das duas legendas em conversarmos no sentido de caminharmos juntos, mas isso ainda está em construção. E que vai ter, claro, posicionamento de um lado e de outro. Estamos retomando esse diálogo de uma maneira bem concreta”, avaliou.

Já ontem, na Escola de Governo, a secretária de Ciência e Tecnologia Lygia Pupatto disse estar “prontíssima” para ser a candidata do PT ao governo caso não se concretize a aliança.

“Há o entendimento dentro do PT de que a prioridade é a aliança, mas não adianta querer coligação se só uma das partes está disposta. Não senti nenhum movimento concreto do senador Osmar Dias nesse sentido, e a direção do partido concordou com isso”, disse. “A eleição do ano que vem será plebiscitária, entre duas formas de governar, entre dois projetos de estado e o senador tem que definir de que lado ele está. Este debate ideológico tem que vir. Até agora só discutimos nomes e não projetos. Ele conversa conosco e leva o DEM para seus encontros”, criticou, lembrando que a coligação com o PDT refletirá no cenário nacional onde DEM é o grande aliado do PSDB, principal adversário do PT na disputa pela sucessão presidencial.