Pressão

Professores realizam manifestações na frente das casas dos deputados

Os professores da rede estadual de ensino estão realizando manifestações nas imediações das residências dos deputados estaduais, com o objetivo de pressioná-los a votar contra o projeto de lei apresentado pelo governo Beto Richa, que reajusta o salário dos servidores em 5%.

Segundo Luiz Fernando Rodrigues, secretário de Comunicação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), a proposta foi apresentada na sexta-feira (15) e na manhã de hoje (18) alguns professores foram para a frente da casa do deputado Luiz Claudio Romanelli (PMDB), líder do governo na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).

Rodrigues disse também que a APP-Sindicato obteve junto ao Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) o cálculo da evolução das receitas do Estado e que, com a arrecadação do Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e o saque que o governo fez o final de semana de R$ 500 milhões do Paranaprevidência, é possível garantir o reajuste que a categoria está pedindo.

“Estamos conversando com todos os deputados e mostrando para eles que o governo tem dinheiro para reajustar o salário dos servidores acima do que foi proposto”.

Adiamento do projeto

Depois de anunciar que apresentaria projeto de lei que reajusta o salário dos servidores públicos estaduais em 5%, o governo recuou e decidiu adiar o envio do mesmo à Alep.

Segundo o governo, estão sendo realizados estudos de impacto financeiro para averiguar se o valor de 5% oferecido aos servidores não inviabilizará o fluxo de caixa do governo até 2017 e se o mesmo não fere a lei de responsabilidade fiscal, mas enfatizou que o valor oferecido não passará de 5%.

Reposição das aulas

A respeito do perigo de os alunos perderem o ano letivo caso a greve dos professores continue, Rodrigues lembrou que, por lei, os alunos precisam ter pelo menos 200 dias letivos e que, ano passado, alguns estados que enfrentaram o mesmo problema tiveram que estender as aulas até janeiro.

“Entendemos que há possibilidades de encerrar a greve e assim concluir o ano letivo até dia 23 de dezembro. Temos um compromisso com a comunidade acadêmica, mas como o governo entrou em rota de colisão, sem sequer apresentar uma nova proposta, decidimos manter a paralisação, ou seja, a “bola” está com o governo”.