Presidência da Câmara já tem três candidatos

Além do vereador Ney Leprevost (PP), o pedetista Jorge Bernardi também se lançou à disputa pela presidência da Mesa Executiva da Câmara Municipal de Curitiba, ocupada hoje pelo vereador João Cláudio Derosso (PSDB), que é candidato à reeleição. O fato não preocupa o grupo de Derosso, que contabiliza 28 votos de apoio e acha que mais um nome vai servir apenas para dividir a oposição.

De acordo com o regimento interno, a eleição vai acontecer no domingo (2), a partir das 16h. A chapa de Derosso, batizada "José Richa", tem, além dele como titular, Jair Cesar (PTB) como candidato a 1.ª vice-presidência; Reinhold Stephanes Júnior (PMDB) candidato à 2.ª vice-presidência; Fábio Camargo (PFL) postulante à 1.ª secretaria. A 2.ª secretaria está destinada ao PP, que até agora não aceitou qualquer acordo e mantém a candidatura de Leprevost; a 3.ª secretaria, que seria do PDT, está na mesma situação com a disposição manifestada por Bernardi. E a 4.ª secretaria deve ser anunciada na véspera da eleição.

Sem interferência

Fora de Curitiba há quase duas semanas, o prefeito eleito Beto Richa tem se mantido distante das negociações que antecedem a eleição da Mesa. Ele teve o apoio dos três candidatos desde o primeiro turno da campanha eleitoral e preferiu deixar a decisão apenas aos vereadores.

Pelas contas de seu futuro líder, Mário Celso Cunha, o prefeito conta hoje com o apoio de folgada maioria no Legislativo: 30 dos 38 vereadores devem integrar a base aliada. Na oposição ficariam apenas os três integrantes da bancada do PT, dois da bancada peemedebista e o único representante do PC do B. Bernardi, que gosta de se definir como da bancada de esquerda, pertence a uma das siglas que apoiou Beto Richa.

A bancada do PPS, composta de quatro membros, se encaminha para uma postura de independência, que não exclui apoio às propostas do governo que coincidirem com as orientações partidárias. A maior bancada, a do PFL, composta por cinco membros, mas com a expectativa de subir para seis com uma possível adesão de Beto Moraes, desconfortável no PL em função de suas divergências com o pastor Valdenir Soares, não deve fazer oposição ao futuro prefeito. Tudo isso faz prever um relacionamento tranqüilo entre Executivo e Legislativo, mais até do que nos oito anos de gestão de Cassio Taniguchi (PFL), que teve ao seu lado 26 dos 35 vereadores que compunham então, a Câmara Municipal.

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